E agora, “Josés”?
E agora, “Josés”?
A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu,
a noite esfriou,
mais um time perdeu três pontos no STJD por escalar um jogador irregular.
E agora “Josés”?
José Trajano, “José” Cezar Pereira, “José” Kfouri, “José” Tirone, “José” Rizek, “José” Prado, “José” Oddi, “José” Bertozi, “José” Neves, “José” Bandeira de Mello, e tantos outros Josés por aí. Vão se mobilizar em prol do injustiçado Criciúma ou o que vale é a velha lei do “dois pesos e duas medidas”?
Nobres amigos, me desculpem por eu voltar a este tema chato. É que há seis meses venho esperando ansiosamente por este dia. Minha coluna semanal já estava praticamente pronta, falava dos sete anos da nossa conquista da Copa do Brasil. Mas eu não podia perder a oportunidade de voltar a falar sobre este assunto.
O posicionamento de grande parte da imprensa no ano passado foi no mínimo curioso, para não dizer suspeito. O caso era tão simples, que eu e outros muitos não entendíamos como pessoas com discernimento conseguiam discordar do óbvio. E como já dizia Nelson, “Não há nada mais irritante do que defender o óbvio”.
E agora os “Josés” defensores da moralidade da sociedade brasileira vão pedir para que o Tigre cumpra a pena no próximo campeonato? Vão dizer que o tal do Cristiano não joga nada e que não influenciou na partida? Vão afirmar que o jogo não valia nada, e que o Criciúma perdeu o jogo? Não, não vão falar. E é assim que deve ser.
É claro que um caso de perda de pontos na última rodada do campeonato, ainda mais quando mexe com o resultado do rebaixamento, chama muito mais atenção do que quando acontece no começo da competição. Até aí tudo normal, beleza. Mas o que fizeram com o nosso tricolor foi uma covardia, um crime.
Casos como estes acontecem o tempo todo, e vão continuar acontecendo no futebol mundial. Quer-se discutir se a lei é justa, se o regulamento é muito severo, tudo bem. Mas o que não pode acontecer é mudarmos a regra no meio do jogo.
O que aconteceu? O Criciúma fez uma burrada e foi punido justamente pelas leis vigentes. O que a imprensa deve noticiar? Que o Criciúma fez uma burrada e foi punido justamente pelas leis vigentes. Simples. Qualquer coisa diferente disso é abobrinha, conversa pra boi dormir.
Para finalizar, não poderia deixar de citar outro fato que me chama muita atenção. Cadê a investigação do MP de São Paulo sobre o caso? Cadê a cobertura jornalística investigativa? Será que descobriram algo que não podiam descobrir? Morreu o assunto? O grande culpado desta história todos nós sabemos quem é. Vão descobrir, vai ser provado? Não sei… talvez nunca. Assim como todos sabiam que Al Capone era mafioso e ninguém conseguia prendê-lo, a não ser quando ele deu um vacilo no imposto de renda. Será que o Al Capone da vez vai dar bobeira novamente? Estamos de olho.
“Ei, Al Capone, vê se te emenda. Já sabem do teu furo nêgo, no Imposto de Renda…”
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
EXCELENTE PEDRO! Tem que colocar o dedo nessa ferida SEMPRE! Pena que não temos um tricolor combativo na imprensa esportiva pra levantar esse assunto! Ele simplesmente morreu dentro das redações esportivas! Pq, eu não sei… bem, na verdade, todos nós, tricolores, sabemos, mas deixa pra lá! Caberia ao clube vir à imprensa, ainda mais agora com o próprio Mario Bittencourt como vice de futebol e questionar: E agora, vcs não vão reclamar que o Criciuma perdeu 3 pontos?
É isso aí, Glauco!
Mandei vários tweets ontem o dia inteiro para todos estes pulhas da imprensa esportiva. Sabem quantos me responderam? Nenhum! Na época da polêmica do julgamento, eles me respondiam (muitas vezes com um tom de ironia) o tempo todo.
É fato que há algo de muito estranho no ar. Infelizmente, não temos ninguém forte na imprensa pra nos defender! Mas não tem problema… Juntos, somos #aindamaisfortes