Tão logo a Unimed encerrou sua parceria com o Fluminense – por enfrentar graves problemas financeiros -, as carpideiras da imprensa e alguns da disputa política fraticida do clube bradaram em voz alta: “O Fluminense vai falir!” – Ou “O que será do clube agora?”.
Um dos líderes de um grupo de oposição foi à tribuna reclamar que o Peter não soube lhe dar com a melhor parceria do país e que por isso a perdemos.
Absurdo total. A Unimed desde 2013 vinha dando sinais de sua crise, não pagando os jogadores do Flu. Tanto que a verdade veio à tona agora, com Wagner e Fred entrando na justiça para que a antiga patrocinadora pague o que lhes deve. Parece que agora ficou claro para todo mundo. A Unimed saiu porque quis, estava sob intervenção da ANS e com uma equipe para reestruturar a companhia. O bom da verdade é que ela sempre aparece.
Pois bem, sete meses depois da saída da Unimed, o que vemos é um clube oxigenado, respirando a todo vapor, graças sem dúvida à essa gestão que se preparou para a saída. Peter mandou muito em não adiantar as cotas de TV nesse período em que foi presidente. Salvou. Agiram rápido em repor patrocínios. Não daquela monta da Unimed, mas o suficiente para o clube andar, e vendeu bem Kenedy, mais a prioridade de compra do Gerson ao Barcelona. Além disso, tem o Pedro Antonio que funciona como um banco para “pequenos empréstimos” (esse não é o ideal, mas é legal termos tricolores com bala na agulha para ajudar).
Com isso tudo, conseguimos manter uma espinha dorsal dos ex-Unimed, contratar algumas apostas (Vinicius e Geovanni deram certo). E agora, da venda do Kenedy e dinheiro do Gerson para cá, a diretoria foi mais ousada. Trouxe Osvaldo (uma puta contratação) e Wellington Paulista para reserva do Fred. Para fechar com chave de ouro trouxe nada mais, nada menos, que Ronaldinho Gaúcho. A contratação tricolor de maior impacto na midia desde Rivelino. Um craque que, mesmo em fim de carreira, irá ajudar muito o Fluminense rumo à disputa pelo pentacampeonato.
Quando pensávamos que já tinha parado a sequência de chegada de jogadores, eis que Cícero retorna ao clube. Pode ser incorporado ao elenco (tem problemas de relacionamento ou uma excelente moeda de troca em negociação. Uma verdadeira SeleFlu lembrando os tempos das vacas gordas da Unimed, mas sem as palhaçadas e egocentrismos de Celso Barros.
Vamos que vamos, com humildade, pois o campeonato é difícil.
Mas estamos na rota do título.
Acreditem.
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Ontem foi o lançamento do livro do Cel Paulo Ricardo Paulo “O escândalo do Brasileirão 2013 – Como o Flamengo foi salvo do rebaixamento”, obra que faz uma investigação sobre os acontecimentos – e não deixa dúvidas de que a Portuguesa salvou o Flamengo do rebaixamento naquele ano.
A mídia jogou para debaixo do tapete, mas aqui é a torcida do Fluminense.
Já estou devorando o livro. Cheguei na página 84.
“O escândalo do Brasileirão 2013” é um trabalho é muito bom. Objetivo, reto e direto.
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Rogério Skylab é o novo cronista do Panorama Tricolor. Cantor, musico, compositor e poeta. é formado em letras e filosofia pela UFRJ. Circula pelo underground e contracultura como um dos gênios do segmento. Mas o melhor: é tricolor dos quatro costados.
Uma honra e um prazer recebê-lo nessa casa.
Paulo Andel é verdadeiramente um aglutinador.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @mvinicaldeira
Imagem: paramim/gatinha lusa
Caldeira, se Cicero ficar mesmo no clube, vai ser um excelente reforço! Um jogador com rara facilidade de achar o gol, sempre muito bem posicionado. Tirando Fred, não temos outro jogador com essa característica no elenco. Magno Alves talvez, mas esse o trinador não conseguiu encaixar no time. O Cicero seria a cereja do bolo rumo ao penta! S.T
Já falei antes: Se Nélson Rodrigues estivesse vivo, iria querer escrever nesse maravilhoso espaço. Logicamente, se o Andel o convidasse.