O momento é de celebração. Todos só pensam na despedida de Fred, o que é compreensível por sua história. Cano está em fase esplendorosa. Manoel tem sido um Trésor quarenta anos depois. Com quase uma semana até o jogo diante do Ceará, o torcedor do Fluminense terá dias de paz e alegria em função das quatro linhas – fora delas, a preocupação é permanente, ao menos para quem não pertence à vassalagem da atual gestão tricolor.
É justo dizer que, nas últimas semanas, mesmo com alguma alternância, o Fluminense fez algumas partidas admiráveis. E não há como fingir esquecimento sobre o principal personagem desta série de sucesso: Fernando Diniz.
Descontando-se as hipérboles exageradas à primeira ou segunda boa atuação, as vitórias expressivas sobre Atlético-MG e Corinthians têm a assinatura de Diniz. Nelas e em outros jogos, viu-se um Fluminense vibrante, ofensivo, direcionado para a busca do gol, jogando como time grande, algo que andou raro nos últimos tempos. Se pensarmos bem, no Novo Maracanã tivemos três momentos em que o Flu arrancou vários aplausos em suas atuações: em 2014, comandado por Cristóvão, em 2017 com Abel, em 2019 com o próprio Diniz (apesar da sequência ruim que o levaria à demissão) e agora.
É também a mão de Diniz que aponta para a reabilitação de jogadores como Samuel Xavier, bem como a tentativa de reabilitação de nomes controversos como o de Caio Paulista. Auto declarado como evoluído na profissão e na vida pessoal, o treinador é louvado por sua performance à frente do Tricolor.
Certamente ainda é cedo para saber se o avião de Diniz decolará para a conquista do penta campeonato. As próximas semanas serão decisivas para a confirmação do Fluminense como postulante ao título ou figurante de luxo. Contudo, uma coisa é certa: as atuações tricolores estão melhores sob o comando do treinador. É preciso ser justo com os fatos.