Nada de se acostumar com derrotas, Flu! (por Ise Cavalieri)

Parece que as coisas que acontecem para eu tenha o que falar nas colunas. Mas não, é só mais uma do Fluminense mesmo…

A Primeira Liga, que ninguém liga, mas que talvez devesse, é muito mais do que apenas um campeonato que parece ter perdido sua importância: é a forma a qual estamos nos apresentando em campo.

O fato de o time ser limitado já não é novidade, mas assim vamos caminhando, perdendo para o Vasco no Brasileirão, num jogo sonolento, e sendo eliminados pelo LONDRINA na Primeira Liga. O tão poderoso e temeroso Londrina…

Nessas horas não adianta lembrar a também desclassificação do nosso rival na tentativa de amenizar a nossa vergonha. Nosso quadro é preocupante em todos os sentidos.

Cobrar? Até pode, mas esteja certo que pelo menos meia dúzia irão aparecer para te criticar. O problema está no campo, com um elenco que parece não ligar para o placar, tanto faz se ganhou ou se perdeu, a justificativa é sempre a mesma, a de que o time tentou.

Na parte administrativa, que se endivida com pagamentos de direitos e precisa vender as peças que ainda sustentavam o time, para quitar esses pagamentos. Afora o brilhante pensamento de que patrocínio máster não adianta muita coisa (talvez a falta de dinheiro adiante) e, infelizmente, parte da torcida que se acostumou com a mediocridade.

Cantar após derrota, usar a justificativa de que a Primeira Liga faliu ou ainda a de que temos outras competições mais importantes à frente –  ou ainda o fato de estarmos em uma zona neutra no Brasileirão por exemplo. E, de campeonato em campeonato, terminamos vários anos sem nada, sem esquecer que a tabela continua embolada e que nada está definido na competição de pontos corridos, inclusive a nossa “paz”.

A cada ano, parte dessa torcida parece ter grudado no sofá, enquanto outra se acostumou “ao tanto faz”. Quem gosta de verdade, sente a necessidade de cobrança, na tentativa de que as coisas melhorem.

Quando foi o último grande protesto? Ou as últimas grandes mobilizações? Na partida contra o São Paulo, em 2008, onde chegamos à final da Libertadores? Nas Laranjeiras, em 2009, onde escapamos milagrosamente da série B?

Ou seja, quando acordamos e vamos para cima como torcida de time grande, eles, jogadores, também acordam. E quando passamos não a cobrar, caímos, vide 2013. Então, não adianta encobrir usando como desculpa a “realidade do clube”. Atitude em campo, dos dirigentes, da comissão técnica e da torcida também.

Ou encaramos de vez como um problema e trocamos nossa postura, ou virá mais uma desclassificação na Sul-Americana, além de sustos à frente no Campeonato Brasileiro. A hora é agora, antes que dias piores resolvam bater à porta.

Clube grande, com história, não se acostuma dessa forma.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @isefinato

Imagem: ise

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