Chico Buarque dispensa apresentações. Um dos maiores expoentes da música brasileira e da fina extirpe à qual pertencemos todos nós tricolores. Além do futebol, amor, do combate à ditadura, da amizade e das coisas da vida, cantou o samba e o carnaval como poucos. Entre as músicas de sua autoria está “Quando o Carnaval Chegar”, com a letra:

“Quem me vê sempre parado,

Distante garante que eu não sei sambar…

Tô me guardando pra quando o carnaval chegar”

Pois bem, eu posso me guardar, você pode se guardar, o Chico pode se guardar. Só quem não pode se guardar, esperando o carnaval chegar, é o Fluminense. Não é segredo pra ninguém a forma como vários jogadores de futebol aproveitam o futebol. No domingo, acreditando que o jogo seria uma folia, já fizemos papel de bobo, perdemos a liderança e quase que perdemos também o rumo de casa. Agora temos a Cabofriense pela frente. O melhor dos pequenos, atual terceiro colocado do Carioca e que venceu o Vasco, de virada.

Para evitar uma noite dos mascarados – mais uma, de algumas, referência carnavalesca, neste texto, ao mangueirense Chico – Renato Gaúcho terá que manter o time muito focado para o jogo de hoje. Treinou várias jogadas de bola parada e também colocou o time pra fazer muitas finalizações. Carlinhos com pubalgia – talvez por isso estivesse tão mal – desfalca o Flu e quem deve ganhar uma chance é o jovem Aílton, mantendo o Chiquinho como opção no banco de reservas. Outro garoto que recebe chance é Willian, substituto natural de Valência, suspenso por ter levado o terceiro cartão amarelo.

Os três pontos nesse jogo são fundamentais. Isso não apenas para não deixar a mulambada descolar, mas principalmente para deixar pra trás a própria Cabofriense. Se quisermos alguma vantagem na fase final e nem correr risco de não estar presente, a hora demostrar força é agora.

Quem te viu, quem te vê

Há quase um ano sem marcar um gol de pênalti. Essa é uma marca que o Fred não pode alcançar. Em minha opinião, ele errou de medo. Estava com tanto medo de errar, que deu no que deu. Toda vez que ele resolveu dar uma porrada pra dentro do gol, guardou. Ele sabe chutar. Não é artilheiro à toa. Mas insiste nessa forma de ir pra bola esperando uma definição do goleiro para poder colocar a bola do outro lado. E aí o que acontece? O goleiro que se deu ao trabalho de estudá-lo fica esperando. Aí então nosso capitão se atrapalha, chuta mal perde o pênalti e até o rebote, quando acontece. Os jogos contra o Cruzeiro e contra a Ponte no ano passado deveriam ter servido de lição.

Sonho de Carnaval

Uma coisa é certa: até segunda ordem, a folia tricolor depende da Unimed. Até hoje o Fluminense não foi capaz de dar seu grito de independência e por isso a eleição pra presidente da nossa patrocinadora é tão importante para nós. Caso você ainda não saiba, Celso Barros foi mantido no poder com 60% dos votos. Foi uma margem menor que a esperada, mas ainda assim o suficiente para garantir nosso confete e serpentina. Novas promessas de contratação para o Brasileirão, incluindo a zaga. Elias e Dória são os nomes falados nas Laranjeiras. Agora é torcer por uma nota 10 nesse quesito.

Nos acréscimos

Na segunda-feira tive o prazer de conhecer Búfalo Gil, eterno ponta direita da Máquina Tricolor e de Seleção. Jogava muito e ainda sabe tudo de futebol. Nos contou histórias que só quem vive dentro do futebol pode contar – e não se pode contabilizar os pseudojornalistas de hoje em dia –, uma pena que nem tudo pode ser falado. Além de ter gravado conosco o Programa Panorama Tricolor dessa semana, gravou três blocos de especial, que ainda colocaremos no ar. Vocês não podem perder. Fica novamente meu agradecimento ao Sr. Gilberto Alves!

ST!

Panorama Tricolor

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Foto: reprodução