Amigos, amigas, o Fluminense fez um primeiro tempo modorrento, para o qual contribuiu o gol logo no início, marcado por Matheus Ferraz, que foi um dos destaques da partida e aparece como boa surpresa nesse início de temporada. Não que se esperasse algo muito diferente, mas sempre é bom podermos nos deparar com um saldo positivo.
Como o Madureira marcava muito bem, obrigando o Fluminense a passar a maior parte do tempo trocando passes em seu próprio campo para encontrar espaços, o Fluminense aproveitou para levar o jogo em banho maria e cansar o adversário, que fazia grande esforço para correr atrás da bola. Aliás, esse trabalho de saída de bola está sendo muito bem executado, com participação providencial do goleiro Rodolfo. Mesmo quando a transição acontece com bolas longas, ela é consciente, sempre buscando uma jogada e com sequência visível, tentando sair em cima da última linha de marcação adversária. Sempre que o Fluminense tentou isso, foi parado com faltas.
Já no segundo tempo, o Fluminense entrou disposto a gastar energia e liquidar o jogo. Em 12 minutos, o placar já estava 3 a 0, mas o Flu continuou gostando da partida e criando oportunidades, até que veio o quarto gol. Além de dominar o adversário, o Fluminense teve, mais uma vez, o controle da partida, o que é importante. Exceto no jogo contra o Volta Redonda, na estreia, o Fluminense vem tendo controle de relativo a absoluto das partidas.
A missão, agora, é vencer o Vasco. Aliás, são duas as missões: vencer o Vasco e dar um chá de motivação e confiança à nossa torcida. A vitória nos garantirá a primeira posição no grupo e um adversário de menor envergadura nas semifinais, já que o Flamengo será o primeiro da outra chave. A motivação e a confiança servirão para darmos um basta nos jogos deficitários no Maracanã, uma verdadeira aberração, cuja história os amigos e as amigas conhecem bem. Espero que tudo isso nos leve a uma final contra Vasco ou Flamengo, em que a Mais Extraordinária Força Popular do Planeta compareça em massa, porque clássico com menos de 30 mil tricolores não é coisa a que se atribua bom valor. Maracanã só é Maracanã com a torcida do Fluminense lá, em peso, entregando um espetáculo perfeito.
A partida com o Vasco parece que será um bom teste, muito embora o Vasco, no pouco que vi, não tenha me convencido. É um time bem normal. Diniz cogita atuar com time misto. Eu preferia que fosse com força máxima, porque é uma boa oportunidade de testar e dar mais confiança à equipe. Por outro lado, é preciso entender que para atuar no atual modelo de jogo a equipe precisa de treino e quando você joga quarta e domingo, você não treina. Eu iria com os titulares até a final da Taça Guanabara, para dar o máximo de entrosamento à equipe. Depois disso, começaria a rodar o time na Taça Rio para dar ritmo de jogo a quem está de fora.
Falando em quem está de fora, se monta um time com João Pedro, Matheus Gonçalves e Marcos Paulo fazendo o trio ofensivo, eu acho que dá um caldo. Marcos Paulo entrou em campo ontem e já foi fazendo jogada de craque. Ao que tudo indica, não vai sentir o peso da transição para os profissionais. Pode até fechar o quarteto com o Calazans e teremos um excelente ataque B, com Zé Ricardo (Luis Fernando) e Caio Henrique fazendo dupla de volantes, Marlon e Julião as laterais, Marcos Felipe no gol e aí complica tudo, porque nós não temos zagueiros. O Paulo Ricardo não me convence. Frazan, sem caxumba, tem a minha confiança. Precisamos do Digão recuperado e mais um para fechar esse elenco.
Falando em elenco, a turma do senso comum coloca o Fluminense no pacote dos times com elenco limitado. Quando a gente tem um quarteto de atacantes reserva como o que eu montei agora há pouco, tem o Ganso chegando para disputar a vaga com Daniel e três volantes de qualidade para fazer um time B, com Pedro e Gilberto em recuperação, eu, honestamente, não acho que o Fluminense tenha um elenco limitado. Talvez ele seja pouco conhecido, mas isso não tira dos analistas a obrigação de escapar ao lugar comum e fazer uma análise mais aprofundada. Sair por aí dizendo que o elenco do Fluminense é fraco, que é insuficiente para a temporada, sem conhecer os jogadores, só serve para levar desesperança à torcida, assim como a abordagem pouco aprofundada das dificuldades financeiras do clube.
Talvez, para serem honestos, os colegas deveriam falar que o time que anda sobrando econômica e financeiramente só chegou a essa condição porque é patrocinado pela organização que manda no futebol brasileiro e tem a propriedade da transmissão dos jogos, o que se configura um completo absurdo. O nome disso é doping financeiro, não é grandeza nem gestão eficiente. Vão enganar o carvalho, antes que eu me esqueça!
Galera, vamos aquecendo as turbinas porque chegou a hora de lotar o Maracanã. Se é para torcer, a gente não precisa de certeza, ou não precisaria torcer. A equipe precisa de apoio, de casa cheia. O futebol precisa da torcida do Fluminense em massa nos estádios. Sem a torcida do Fluminense, o futebol perderia a metade da graça. A outra, perderia se o próprio Fluminense deixasse de existir. Sempre lembrando que a única razão de existir o futebol, de existirem os outros clubes, é que haja um cenário para o Tricolor exibir sua exuberância.
Saudações Tricolores!
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
#credibilidade
O pior, Savioli, é que muito tricolor compra esse discurso de jornalista esportivo mal informado ou mal intencionado e fica vociferando nas redes sociais contra os jogadores que temos.
ST