Mineirinho (por Marcus Vinicius Caldeira)

minas

I.

Hoje, encontro-me distante da minha querida cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, a cidade mais bela do planeta, com o povo mais feliz e alegre do mundo, mas que infelizmente anda tão mal tratada pelo mafioso Cabral e pelo playboyzinho Eduardo Paes, governador e prefeito, respectivamente.

Obras superfaturadas, um caos no transporte público e o Rio de Janeiro virou a cidade mais cara do planeta. Pelo menos essa é minha sensação.

Ontem, fui almoçar no shopping – por ser próximo do meu trabalho – num reStaurante à quilo muito mais ou menos e este almoço me custou a bagatela de R$ 35,00. Inacreditável!

Mas, ainda assim, sinto que já estou com saudade do meu Rio de Janeiro, mesmo chegando agora. Não importam os quarenta graus à sombra, os governantes e os preços dos serviços. Amo o Rio de Janeiro.

Estou em Belo Horizonte a trabalho sentindo-me um mineirinho. Só falta eu falar “uai, sô”.

Na terça, o Fluminense obteve mais uma vitória no falido e carcomido campeonato estadual, mesmo atuando com o time misto e só jogando para o gasto. O time ainda conseguiu ser o primeiro a sofrer gol do Audax, lanterna do campeonato. É verdade que tomou o gol enquanto estava jogando melhor, mas tomou.

Contudo, o time manteve o foco de buscar a vitória mesmo sem forçar muito – e jogando com um a mais em boa parte do jogo – um jogador adversário foi expulso aos vinte do primeiro tempo – conseguiu a vitória por três a um, embora ela só tenha sido sacramentada nos minutos finais do jogo.

Renato insiste com Chiquinho. Me parece que é o novo Rhayner ou o novo Ygor (xodó do treinador em 2008). É cedo demais para cornetá-lo, mas, de fato, é totalmente improdutivo. Ainda mais quando joga pela lateral esquerda.

Valeu pelo gol de bicicleta, sem goleiro, do Wagner e pelos gols da zaga. Gum, muito criticado, merece muito. Não anda bem, mas nunca deixou de guerrear pelo Flu e é um zagueiro bicampeão brasileiro pelo clube. Merece nosso respeito. E Elivelton, que vem dando conta do recado, marcou o seu também, de cabeça. Zaga artilheira na terça.

Agora é pensar no Fla-Flu.

Clássico é clássico, mas no Fla-Flu, sempre, em qualquer condição, sou mais o Flu.

II.

Eis que, de forma absurda, mesquinha e autoritária, a diretoria do Flamengo estabeleceu o valor de cem reais para os ingressos no próximo Fla-Flu.

Não bastasse o absurdo da federação terem dado a eles o direito a ditar os valores do ingresso do jogo como se fossem o mandante – em clássico pelo campeonato onde os jogos não são de ida e de volta, não deveria existir isso – ainda tem essa atitude por parte de dirigentes que estão sob suspeita de terem comprado a Portuguesa para não rebaixarem o seu clube, após terem escalado de forma equivocada o André Santos.

A torcida tricolor não deve compactuar com esse preço abusivo e esse autoritarismo.

Iremos entrar no PROCON contra essa aberração.

É com muita tristeza que  estamos propondo que a torcida do Fluminense não vá ao Maracanã, sábado.

Cem reais é roubo!

Faz sentido: roubo é com eles mesmo.

III.

Ia ter um mosaico sensacional no Fla-Flu por parte da torcida do Fluminense, mas por conta deste assalto promovido pela diretoria do Flamengo, a torcida do Flu esvaziará o clássico e não dará para fazê-lo, muito provavelmente.

Uma pena.

IV.

Walter, se entrar em campo, arrebente com eles no sábado.

Epílogo.

Ganhar Fla-Flu é normal!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

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