Amigos, amigas, o Fluminense foi a campo na manhã de domingo, às 11h, com um time em que oito jogadores tinham mais de 30 anos. Entre os que não tinham mais de 30, dois tinham 29. O mais novo era o goleiro, Marcos Felipe.
A minha visão é de que Roger quis fazer uma pegadinha com os caras. E também com a gente, porque, convenhamos, colocou em campo um time de qualidade técnica bem duvidosa. E a pegadinha maior foi com Cazares, ilhado no deserto de ideias.
Pode ser que alguns desses jogadores sejam bastante úteis, até porque nós temos uma temporada intensa pela frente, que, para ser cumprida com chance de êxito, precisa de muita gente, mas não é só quantidade, razão pela qual tivemos em campo no primeiro tempo um time lento, desentrosado, sem imaginação e sem jogadas.
O Madureira foi chegando como quem não quer nada e marcou seu golzinho, depois que Hudson tentou cortar a bola aplicando-lhe um golpe de caratê.
Aliás, aí começa o problema. Nós temos André e Metinho pedindo passagem, poderiam estar em campo no jogo de ontem, mas lá estava Hudson. Sim, nós precisamos de elenco, mas pasmem, Roger preferiu substituir Hudson por Yago, que é titular, no segundo tempo.
O pesadelo só começou a dar adeus quando Roger tirou Lucca de campo, após duas engrossadas generosas, e colocou Gabriel Teixeira. Aí eu pergunto: tem algum sentido o Lucca estar em campo enquanto o Gabriel Teixeira está no banco?
Aliás, o Roger resolveu mudar o esquema, atuando com dois atacantes por dentro e abrindo os meias para fazer as alas, sendo que um desses meias era o Lucca. Não é difícil a gente compreender por que o time melhorou tanto com a entrada de Gabriel. Aliás, nem tanto, porque após o gol de Abel Hernández o Fluminense andou levando foi um sufoco do Madureira, até Roger começar a destravar o time.
Bobadilla marcou o gol da virada antes de sair, pegando rebote do goleiro da pequena área, para a entrada do glorioso Caio Paulista, que é um caso a ser estudado. Ontem, depois de uma arrancada espetacular, deixando dois adversários pelo caminho e puxando grande contra-ataque, aprontou das suas em uma finalização sem pé e sem cabeça.
Abel e Bobadilla não aspiram a titularidade do Fluminense. Serão opções para condições de jogo específicas, em que você precise fazer pressão em cima da última linha de defesa adversária e até na saída de bola.
E Então tivemos o Ganso entrando no lugar do Cazares. O Fluminense já jogava no velho esquema e, centralizado, favorecido pelo desmoronamento do sistema defensivo do Madureira, Ganso exibiu toda sua categoria, distribuindo passes precisos e ainda aparecendo para cabecear e fazer o terceiro gol.
Foi dele o passe para Gabriel Teixeira fechar a goleada em grande estilo. Com calma e categoria, aproveitou o espaço dentro da área perigosa e jogou a bola lá onde a coruja dorme, totalmente fora do alcance do goleiro, que nem tentou se mexer. Golaço! Primeiro de muitos, espero.
E Miguel? Bom, Miguel estava em campo, mas o craque não parece digno nem mesmo de jogar os 15 minutos finais pelo time reserva. E eu fico imaginando, na minha infinita visão criativa do mundo, o que aconteceria se o Fluminense houvesse começado o jogo com Ganso, Miguel, Cazares e Gabriel formando o meio de campo.
Mas eu acho que seria a última chance de vermos Miguel em campo. A última, infelizmente.
E o jogo, para que serviu? Para observar Hudson, Lucca e Danilo Barcelos que não foi. Serviu para definir nosso confronto na semifinal do Flamengão, contra a Portuguesa. Mas nossa atenção já está no jogo de quarta-feira, quando enfrentamos o Santa Fé. Esse é o jogo.
Saudações Tricolores!
O problema, Paulo, é que foi o presidente, junto com Angione, que contratou Lucca, Barcellos e renovou com o Hudson.
PS: Para quem, como eu, queria que o Fluminense contratasse o argentino Ariel Holan como técnico, vimos que ele não é muito estável. Pediu demissão e deixou o Santos na mão, justo na hora de enfrentar o Boca pela Libertadores.
O problema, Paulo, é que foi o presidente, junto com Angione, que contratou Lucca, Barcellos e renovou com o Hudson.
PS: Para quem, como eu, queria que o Fluminense contratasse o argentino Ariel Holan como técnico, vimos que ele não é muito estável. Pediu demissão e deixou o Santos na mão, justo na hora de enfrentar o Boca pela Libertadores.
Para ser gentil, Roger é deletério, medíocre. Com tanta gente para testar, ele põe Lucca, Barcelos, Hudson, etc. É totalmente impossível não acreditar que não existe algo por trás. Se eu fosse o Presidente, ela estaria demitido só pela escalação. Até quando vamos aguentar?