Em time que está ganhando se mexe sim (por Heitor Teixeira)

As evoluções táticas do Fluminense de Roger Machado são evidentes. O time que vai enfrentar o Cuiabá neste domingo está invicto há três jogos, tendo sido vazado apenas uma vez neste mesmo período. No entanto, mesmo num momento de altos, também é importante falar dos pontos baixos. Quais são as melhorias que devemos cobrar desta equipe?

O problema mais claro do time é óbvio e já está na ponta da língua da torcida: Nenê. O meia atacante tricolor vem tendo performances abaixo, se comparado ao resto de seus companheiros. No ano passado, muitas de suas atuações ruins eram mascaradas por gols e assistências em bolas paradas, coisa que deixou de acontecer na temporada atual. Como o camisa 77 não entrega defensivamente e nem na organização do time, sua titularidade e manutenção no time por tanto tempo, pode e deve ser muito questionada, o que nos leva a uma segunda questão.

A maioria dos reservas de posições ofensivas do Fluminense, não vem entrando bem quando acionados durante as partidas. A exceção é clara: Abel Hernandez vem sendo uma grande adição sempre que atua. Já os garotos Luiz Henrique e Kayky, estão em uma má fase técnica, o que deve ser trabalhado pelo Clube com seriedade, por se tratarem de jovens com muito potencial. Com Cazares na seleção, Ganso deverá entrar em mais ocasiões, para podermos julgar seu nível de atuação. As partidas ruins dos suplentes, também podem ser ligadas a falta de critério de Roger que, ao sempre fazer as mesmas alterações, acaba deixando jogadores em situações desfavoráveis.

A bomba relógio na lateral esquerda já é tópico recorrente, Egídio tem boas atuações na frente, mas sempre entrega atrás. O teste de Jefté ou uma contratação são totalmente necessários, cada minuto com ele em campo é um risco.

Outro tópico é o cansaço claro da equipe no final do segundo tempo, que é consequência da forma intensa que o time atua e do calendário apertado. Um rodízio maior de peças e mudanças de esquema, para termos mais a bola em jogos mais fáceis, devem ajudar na recuperação desse fôlego.

As melhoras não podem apagar o que vem dando errado, em time que está ganhando se mexe sim. Pep Guardiola quase nunca repete a mesma escalação e José Mourinho já testou Cristiano Ronaldo de camisa 9, numa decisão contra o Barcelona. Que Roger se inspire nesses mestres e tantos outros, não se fechando numa mesma ideia e sempre buscando as melhores alternativas na direção de um futebol melhor.

2 Comments

  1. Adorei! Você já começa chamando a atenção do leitor, subvertendo o senso comum com a frase título. Muito legal! Você entende muito de futebol. Tem muito pra dizer. Parabéns!

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