Para quem viu, e se entusiasmou, com o Fluminense de 2022, especialmente no campeonato brasileiro, o Fluminense de 2023 é um arremedo, um espetáculo melancólico de se ver. Não são apenas os últimos resultados negativos nos jogos contra times de menor investimento, mas a forma do time, como um todo, e de alguns jogadores, em particular, se apresentarem dentro de campo.
Realmente, quem viu aquele Fluminense, tinha a expectativa de um começo de temporada bem melhor. No entanto, nada se viu de bom nas contratações até agora, inclusive Keno, que parte da imprensa diz que tem jogado muito. Não sei aonde. O melhor, como sempre, é o que vem da base, e os dois garotos recém ascendidos, Arthur e João Lourenço, podem ser mais úteis do que o pacote de compras que, importante frisar, veio com o aval de Diniz.
E o futebol? Um mafuá dentro de campo. Ganso desinteressado, Manoel armando o time, Cano completamente isolado na frente. As trocas de passes, que eram rápidas e envolviam o adversário, e que invariavelmente conduziam a equipe ao ataque em boa situação para concluir, com Cano ou não, transformaram-se num toque de bola improdutivo e modorrento, que irrita e deprime o torcedor.
Pouco tempo de preparação? Problemas internos com Diniz? Não se sabe ao certo. O que se sabe é que algo de muito grave aconteceu, ou tem acontecido, para que o mesmo time de 2022 apresente um desempenho tão pífio em 2023.
Se a meta é a Libertadores, e é, algo precisa mudar com urgência, seja no espírito, na estratégia, ou no relacionamento entre o técnico e seus comandados. É inadmissível, pior, um ultraje aos torcedores, que o time continue se apresentando como está, embora nada, pelo menos externamente, tenha mudado desde 2022. Se há algum motivo oculto, a Direção precisa agir com pulso e rapidez a fim de que o planejamento de um ano não seja jogado ao lixo já no início da temporada.