Fluminense e Corinthians foram os melhores brasileiros na estreia da Libertadores 2023. Os paulistas venceram o Liverpool por 3 a 0 jogando no Uruguai. Os cariocas foram até o Peru, e venceram o Sporting Cristal por 3 a 1.

O Timão volta a campo apenas na próxima semana, no Mangueirão, para encarar o Remo pela Copa do Brasil, preocupado com a situação do meia Renato Augusto que sentiu o joelho na estreia do torneio continental.

Já o Flu, tem neste domingo a segunda partida da decisão do Campeonato Carioca contra o Flamengo (que sofreu revés para o Aucas do Equador pela Libertadores). A exemplo do Gambá, o Fluminense também tem preocupações com a contusão do meia Martinelli.

Renato Augusto e Martinelli são igualmente importantes para seus times. Desempenhando função importante na construção do meio campo e auxiliando na marcação. As semelhanças não param. Os dois jogadores aparecem muito mais para o time do que para si, por vezes passando despercebidos pelo torcedor mais desatento. Sem espetáculo fazem o time funcionar. São as famosas peças que ninguém nota, mas que fazem toda a diferença na engrenagem.

Renato Augusto é muito querido pela torcida do Gaviões. Constantemente é ovacionado nas vitórias e mesmo nas derrotas é aplaudido pela entrega em campo, apesar de já não ser mais um jogador tão jovem.

Martinelli, pelo contrário, é pouco elogiado. E constantemente cobrado pelas derrotas, mesmo quando não tem culpa direta por elas.

É óbvio que o jovem jogador tricolor não tem os títulos, a carreira, enfim, a história que o veterano corintiano tem. O problema é que me parece que parte da torcida tricolor não quer sequer dar uma chance ao jovem meia de, ao menos, tentar realizar uma carreira igualmente reconhecida. Ao menos não com a camisa do Fluzão.

Não tenho pretensão aqui de obrigar a ninguém gostar de jogador. Ou nem mesmo proibir ninguém de criticar. Só peço um pouco de paciência e apoio ao jogador, da mesma maneira que houve um apoio maravilhoso a Fred, pouco tempo antes de sua aposentadoria, quando era visível sua falta de condições de jogo. E como valeu a pena. Basta ver o que foi a festa de despedida do craque.

Da mesma forma, houve apoio ao goleiro Fábio, após falhas que custaram muito caro ano passado. Hoje, reconheço que o goleiro vem rendendo bem acima do esperado, se levada em conta todas as expectativas negativas que se tinha sobre ele.

Tenho total certeza de que, se Martinelli tiver tempo suficiente nas mãos de Fernando Diniz, pode se tornar um dos maiores meias centrais (ou volante se você prefere) da história atual do clube.

Para o bem ou para o mal, a resposta só virá com tempo. No mais, isso é tudo que peço que clube e torcida concedam ao jogador.

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Em tempo: registro aqui minha solidariedade as famílias de Bernardo Cunha Machado (cinco anos), Bernardo Pabest da Cunha e Enzo Marchesin Barbosa (ambos quatro anos) e Larissa Maia Toldo (sete anos), crianças cruelmente assassinadas em uma creche em Blumenau.

Que Deus possa consolar essas famílias da melhor maneira possível. E que nossas autoridades tenham a capacidade de criar métodos que evitem a repetição de episódios tão tristes quanto este.

Abraços de coração.