Podemos comemorar um presidente que não se cala quando o assunto é defender os interesses do Fluminense. Depois de um início titubeante, é bom que se diga, ainda desfiando o novelo nefasto de seu antecessor, Pedro Abad, Mario Bittencourt parece que incorporou o espírito que deve nortear quem gere um clube da grandeza do Fluminense.
Não fosse por sua manifestação, duvido que o procurador rubro-negro denunciasse seu clube pelos gritos homofóbicos entoados por parte de sua torcida durante o Fla-Flu.
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Mas isso é o de menos. Bittencourt tem feito mágica com os parcos recursos de que dispõe e, embora não possamos falar num elenco ainda à altura da grandeza do Flu, não há como dizer que é ruim.
Alguns nomes não darão certo, o que é normal, mas algumas contratações já exalam o odor dos melhores aromas. É o caso de Pacheco, que mostrou talento e nenhuma cerimônia para entrar num jogo perdido de três, contra o maior rival e infernizar a vida rubro-negra. Aliás, mais alguns minutos de jogo e, sem a interferência do VAR, o empate e a classificação seriam bem palpáveis.
Nesse ponto, vale enaltecer – ainda que precoce qualquer análise mais profunda – o incipiente trabalho de Odair Hellmann, que consegue mudar o panorama de uma partida após uma conversa com seus jogadores e uma e outra substituição, o que demonstra que é arguto observador e conhecedor das estratégias de campo.
Contra o Fla, por exemplo, Pacheco foi fundamental para a rotação da partida inverter-se a nosso favor na segunda etapa. Evanílson e Marcos Paulo, que foram bem contra o Union La Calera, também foram mantidos, o que indica que Odair privilegia o momento do jogador, o que se comprova, de outro lado, com o não retorno de Hudson, mesmo apto ao jogo.
Ainda estamos nos encontrando e, oxalá, possamos avançar de fase na Sul-americana para que a equipe se fortaleça nessa importantíssima competição, da qual não podemos prescindir.
Com esse time acertado, podemos ir mais longe nas principais competições do ano, muito embora – conforme o pernóstico Jorge Jesus – o Flamengo já tenha conquistado por antecipação todos os títulos da temporada.
Do alto de sua soberba, o português experimentará uma queda longa e dolorosa. Praga de tricolor não falha.
Enquanto isso, seria melhor que, em vez de arrotarem arrogância, pagassem às famílias dos meninos mortos no incêndio a que deram causa, ainda que culposamente, o que lhes é devido por justiça, minimizando suas irreparáveis perdas.
É triste e desumana a situação a que submetem essas famílias.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @FFleury
#credibilidade
Apenas um reparo ao seu comentário. Se o Odair fosse tão bom observador, não escalaria o Digão e deixaria o M.Ferraz no banco, que mesmo voltando de contusão, é muito melhor que ele. ST