Amigos, amigas, o Fluminense segue sendo um time difícil de explicar, que consegue oscilar de um jogo para outro e, mesmo dentro das partidas, consegue oscilar, mas segue conquistando resultados expressivos na temporada.
No jogo desta quinta, contra o Santos, começou muito bem, se aproveitando da insegurança santista na saída de bola, desarmando em profusão e dando a impressão de que o jogo seria totalmente nosso.
Impressão essa que, como de hábito, se revela um grande engodo. Depois de termos metido uma bola na trave logo no início, fomos perdendo a intermediária e nos rendendo ao Dinizball santista, sem conseguir, mesmo que tentando, obstruir o jogo apoiado do Santos, por questões que nem vale mais a pena comentar.
Nossas chances de gol na partida contam-se nos dedos de uma mão. As intervenções de Marcos Felipe, algumas espetaculares, não. O que mostra que, apesar dos resultados, estamos longe de alcançar algo próximo da excelência que nos levará aos títulos.
Eis, porém, que uma bola vadia na área do Santos vai cair nos pés de Nenê, dentro da área Santista, e o nosso “vovô on” usa de sua habilidade para pegar de primeira, com a bola no alto, e fazer o gol da vitória.
Nenhuma novidade nas substituições. Abel no lugar de Fred e Kayky no lugar de Gabriel. No final, mais um pacote sem qualquer pretensão de mudança tática. Já estávamos na faixa dos 40 minutos e colocar sangue novo em campo nos garantiu maior capacidade física para neutralizar as já minguadas iniciativas ofensivas do adversário.
O próximo jogo é contra o líder do campeonato, no domingo, às 18:15, em Fortaleza. Só um cego daria como improvável uma vitória tricolor e o ingresso no G-4. Estamos em quinto e temos Marcos Felipe, o nome do Fluminense na temporada.
Nada contra ter no goleiro o nome da temporada, se não viéssemos de quatro exibições tão questionáveis, apesar do empate heroico contra o Bragantino, quando fizemos, nesses quatro jogos, nossa melhor exibição, que nem foi lá esse primor.
Eu deixo o ônus da análise para cada um de vocês. Não porque eu queira me omitir, mas pelo simples fato de que a análise já foi feita. Inclusive com a inclusão do papel inestimável do Gravatinha, o enviado dos Deuses, que anda aprontando horrores desde a temporada passada.
É que o Fluminense é sagrado. Em todo o futebol mundial só o Fluminense é sagrado e é preciso muita ginástica intelectual e espiritual para entender 10% do que acontece por essas bandas.
É preciso, no entanto, que façamos a nossa parte. Não sei se isso é possível com o atual comando do futebol, mas torço que sim. Chegamos muito bem ao atual ponto da temporada e isso é um afresco para quem acredita que é possível melhorar.
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Acredito que o nosso atual presidente tenha suas convicções, mas continuo convencido de que a técnica de enxugar gelo não nos levará a lugar algum, principalmente com vendas ruins e falta de investimento em ativos, como Laranjeiras, que nos levarão a obter o que qualquer empresa busca: redução de custos e aumento de receitas.
É inaceitável continuar insistindo em menosprezar um projeto tão consistentemente fundamentado. É inaceitável que o clube, tendo uma mina de ouro, como Xerém, continue incapaz de construir uma estratégia para transformá-la em instrumento de rápido reerguimento financeiro e econômico do clube.
Dizer que levaremos nove anos para conquistar nosso equilíbrio financeiro é desconhecer completamente o nosso potencial e sugerir um projeto prolongado de poder com baixo poder de realização.
Mesmo assim, continuo torcendo por cada vitória, pois cada vitória é uma oportunidade renovada, porque os Deuses, ao meu ver, estão de olho e prontos para mover as peças na hora certa.
Saudações Tricolores!
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Savioli, você poderia comentar a respeito da guinada dos clubes brasileiros em formarem uma liga?
Achei estranho pois esse assunto veio de repente (a reboque do caso Caboclo) e me parece que o Grupo Globo se mostrou favorável à ideia.
Sou entusiasta, mas se o Urubu está à frente do movimento, fico com um pé atrás, até porque não há muitos detalhes. só declarações trazendo primeiras intenções do grupo.
Pois é, Diego!
Eu tenho ficado meio distante dessas questões políticas. Eu já estava pensando mesmo em escrever a respeito, mas eu vou ter que primeiro tentar entender o que se passa.
Essa questão da Liga é vital para o futebol brasileiro em todos os sentidos, eu tenho sempre defendido essa ideia. A gente tem que tomar muito cuidado com a forma como a grande mídia embala a notícia. Essa coisa de ligar a ideia da Liga ao caso Caboclo me parece meio um sofisma para não contar a verdade sobre o que está acontecendo.