Marcelo 12 é a maior sacada do futebol brasileiro na temporada. Antes mesmo de chegar ao Brasil e ser apresentado ao Flu, já movimentou o universo futebolístico nacional e internacional conferindo ampla visibilidade ao Fluminense. Mas não é só publicidade, Marcelo traz no currículo uma história de conquistas que poucos conseguiram alcançar num dos maiores clubes de futebol do mundo, o Real Madri, o que, por certo, o credencia a qualificar sobremaneira o elenco Tricolor, que já conta com nomes como Cano, Arias, André e Fábio.
Ponto para a administração Mário Bittencourt, que trabalhou em silêncio e com sabedoria para repatriar o moleque de Xerém depois de tantos anos.
O (bom) problema agora está com Diniz, que avaliará a melhor posição que o craque da camisa 12 deverá ocupar, o que não será difícil ante a qualidade do atleta e as carências do Flu, especialmente na esquerda, sua posição de origem.
Não tenho dúvidas de que Marcelo será feliz no Fluminense, e o torcedor se encherá de alegrias com ele, afinal de contas, um craque é sempre um craque, desequilibra em campo e, fora dele, atrai novos torcedores, sócios e fomenta o marketing do clube, o que significa, ao fim e ao cabo, receita.
O futebol Tricolor vai se acertando aos poucos, retornando à ótima fase com que encerrou o campeonato brasileiro do ano passado, depois de um início vacilante, e qualificando o elenco para suportar a massiva quantidade de jogos que teremos pela frente.
Marcelo é, portanto, o sinal mais evidente de que o foco para esta temporada é a Libertadores da América, e de que a diretoria está trabalhando para isso. O craque de Xerém, no entanto, é muito, mas não é tudo. Há outras carências que precisam ser solucionadas para que o Fluminense tenha um elenco suficientemente forte para enfrentar e vencer os maiores desafios do ano.
Com Diniz e o time encorpado, o torcedor terá o legítimo direito de sonhar com a América, dessa vez com chances reais de conquista. Marcelo é um amealhador de títulos, não vem para o Fluminense a passeio.