Nem parece que já fazem 37 anos do meu primeiro jogo contra a Portuguesa da Ilha. Minha mãe fez uma bandeira bem bonita pra mim. Foi num sábado à tarde. O problema era ter treze anos de idade, sem imaginar que jogadores do seu time poderiam entregar um jogo de sacanagem. Rico, tricolor, fez os dois gols: Portuguesa 2 a 1 em pleno Maracanã. Droga! Tudo passa rápido demais.
Muita água já desceu pelo Rio e agora, quase quatro décadas depois, o desprezado Carioca abre suas portas para este simpático conforto. O que esperar? Pouco. Diversão, reencontro do Flu com sua torcida em seu palco principal, rever amigos. O time ainda é uma incógnita e é preciso tempo para que Odair ajeite as coisas.
É claro que a pobreza econômica do Fluminense prejudica o futuro. Precisa ser debelada. Mas, sem qualquer defesa de dirigentes e grupos políticos que hoje comandam o clube – todos os que frequentam este espaço sabem do que penso -, quem sabe o Tricolor repete a famosa fórmula de emergir para grandes jornadas com times humílimos? Isso já aconteceu muitas vezes. Quem sabe?
Necessário é dosar a escalação. Nem só garotos, nem só o Sub 50. Sinceramente, conto com o bom senso de Odair. Gosto dele de graça, já disse outras vezes, e torço muito para que seu trabalho emplaque.
Sinceramente? Por ora é chegar no Maracanã, comprar meu cachorro quente, sentar numa cadeira solitária, voltar aos treze anos de idade e procurar a revanche daquele sábado à tarde. Tem trabalho, muita coisa certa e muita coisa errada. Meu compromisso é com o Fluminense e vou torcer por ele. Se não der liga, criticamos com toda facilidade e substância.
O que não dá é tacar pedra somente porque se não conseguiu uma assessoriazinha, um carguinho, coisa de gente esdrúxula e verdade igual a uma nota de três reais. Entre a verdadeira oposição, à qual tenho orgulho em pertencer, e a boquirrotagem de ocasião que troca de lado a cada vento oportunista, vai uma diferença enorme. O leitor sabe muito bem quem é que aluga as próprias opiniões.
O mais importante: podia ter uma preliminar como nos velhos tempos do maior, melhor e mais apaixonante estádio do mundo. Se ele não mais existe, a paixão permanece.
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Assim sendo, como se vê, boicotar ou tentar dar invisibilidade à obra é absolutamente inútil.
Panorama Tricolor
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