Malba Tahan e o enganador que calculava (por Wagner Victer)

O célebre Matemático de nome Júlio César de Mello e Souza, que inclusive deu aulas na rede pública estadual do Rio de Janeiro, fazia livros bastante intrigantes na área da matemática e utilizava o nome de Malba Tahan.

Uma de suas principais obras foi “O Homem que Calculava”, onde um árabe sábio lançava suas questões para deleite e desafio não só das mentes juvenis, mas de todos aqueles que adoravam a matemática.

Surge no Fluminense uma outra modalidade chamada: “O Enganador que Calculava”, quando, a partir de propostas meramente eleitoreiras e que só surgem em período de campanha eleitoral, criam modalidades fantasiosas, onde se equaciona a busca da contratação de instituições com muita credibilidade do mercado financeiro para “modelar” algo que, logicamente, será feito sobre pilares de areia.

A modelagem de uma solução financeira e empresarial, visando o equacionamento do passivo, uma melhor gestão e até caminhar para uma discussão pela adoção de uma eventual SAF, requer que estejam minimamente estabelecidos em balanços contábeis devidamente não completamente ressalvados, feitos por instituições de auditoria contábil de elevada relevância, se possível uma das chamadas Big Four (EY, PwC, Deloitte e KPMG).

O que acontece é que o Fluminense teve um orçamento, que obrigatoriamente teria que ser feito no ano anterior, somente aprovado neste abril, inclusive com receitas fantasiosas, já que eram impossíveis de ocorrer por conta da desclassificação da Libertadores. E então faz chamada para uma modelagem com as variáveis de passivos e provisões ocultas ou frágeis.

Enganar as pessoas, os sócios, e torcdores e criar um discurso novo é infelizmente tudo o que não se espera por todos nós, tricolores, que queremos um futuro mais equilibrado para o Fluminense.

O Malba Tahan fake que surge é uma mera ilusão, uma conversa fiada e, certamente, mais um jabaculê no mérito contábil que se busca colocar para a torcida do Fluminense.

O caminho de ajustar as contas é o do óbvio! Ou seja, qualquer modelagem, qualquer associação, qualquer negociação deve ter uma minima acurácia contábil que promova a certeza nos números que, no Fluminense, são coisas extremamente curiosas e guardadas a sete chaves, até mesmo do seu Conselho.

1 Comments

  1. Wagner, irretocável a análise ! Exorto você a continuar escrevendo essas resenhas para desmascarar essas pessoas inidôneas que só querem se beneficiar do Fluminense e denigrem, com isso, a história dessa instituição tão importante para o Esporte Brasileiro. Um abraço, Paulo Alonso.

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