Para o torcedor do Fluminense, chegam os instantes finais da sétima temporada opaca. A quinta sob risco de rebaixamento.
Inaceitável sob qualquer aspecto.
Olhar para a tabela do campeonato e ver o time QUARENTA E TRÊS PONTOS ATRÁS do líder.
Precisar que o Botafogo não empate com o Avaí logo mais no Nilton Santos, para não voltar ao grupo dos quatro últimos colocados.
Tentar entender porque o time que fez ótima partida contra o São Paulo foi desmontado para o jogo no Beira-Rio.
Manter a calma diante das sucessivas agressões que a picaretagem em três letras chamada VAR nos impõe.
Até nas trivialidades temos passado constrangimentos, vide o episódio da Flu TV com o “vestiário da alegria”, reconhecidamente uma peça publicitária fake no pior estilo TV Fama.
Prefiro nem falar sobre a troca de lavagem de roupa suja entre dirigentes, logo num momento delicado como o atual.
Sobre o Fluminense, é até difícil escrever, tamanhas as barbaridades que o cercam. Não é de hoje, mas ultimamente conseguiram uma façanha: piorar o que já vinha ruim. Fomos enganados por Peter Siemsen, depois por Pedro Abad e o “novo Fluminense” criado em junho não parece apontar para outra direção. Vale a máxima do Barão de Itararé: “De onde menos se espera é que não vem nada mesmo”.
É difícil acreditar que esta semana sem jogos vá render resultados em treinos, até por causa das deficiências naturais do elenco e da comissão técnica.
Só o que resta é a torcida no Maracanã no próximo sábado empurrando uma máquina enferrujada. Por favor, tricolores, vamos lá antes que seja tarde! Precisamos vencer o Atlético de qualquer maneira. Qualquer maneira.
A velha e maravilhosa torcida do Fluminense é a esperança. Uma das únicas.
No mais, uma pergunta inevitável: depois de quase cinco anos de um oceano de ódio diário na internet, milícias digitais a serviço da “política” do clube (que política? A de destruição? A de sabotagem?), desmobilização (planejada) da torcida (para cortar protestos e oposição ferrenha), o recrudescimento de uma dívida astronômica, muitas traições e safadezas, era para isso que se precisava ter uma eleição antecipada?
O resultado é grotesco. Parece que estamos conseguindo algo tido como impossível: superar em mediocridade a Era Abad. Pior ainda: é como se nada tivesse mudado. Troque seis por meia dúzia e só. A maioria nem trocada foi…
Só penso numa coisa: que o Fluminense consiga se salvar desse rebaixamento e da própria morte por asfixia financeira. Só.
Término estas linhas com o desabafo do meu amigo e ídolo Ricardo Mazella.
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