Como diziam os narradores de rádio antigos, jogo encardido.
Bom adversário, com um esquema tático bem definido pelo seu bom treinador, Josué Teixeira, jogadores com alguma qualidade e um ataque rápido.
Pelo lado do Fluminense, à exceção Cavalieri, de Wellington Silva e Edson, um time que não se apresentou bem, sobremaneira no primeiro tempo.
Iniciamos o jogo sendo pressionados pelo Macaé. O adversário teve sua primeira chance de gol logo no começo.
Após 10 ou 15 minutos nosso time conseguiu equilibrar as ações, mas continuava sofrendo por sua má colocação defensiva, problema que sempre aparece quando jogamos contra um adversário de alguma qualidade e que tem um técnico que entende do riscado (opa, olha aí outra expressão que entrega a idade avançada de quem escreve).
Cristóvão ainda não conseguiu dar consistência ao nosso sistema defensivo. No primeiro tempo do jogo de hoje o meio deu muito espaço para que o adversário pensasse a jogada. Foram inúmeras as bolas que nossos laterais ou zagueiros tomaram nas costas. E toma da nossa retaguarda correr atrás dos atacantes adversários. Mais do mesmo de vários outros jogos.
Assim, as melhores chances da primeira etapa pertenceram ao Macaé. Sofremos muito principalmente nos cinco minutos finais desse período do jogo. O adversário não foi para o intervalo com a vantagem no placar por incompetência no último toque de seus atacantes.
Veio o segundo tempo e Cristóvão fez sua primeira mexida. Lucas Gomes entrou no lugar de Marco Jr. (o famoso “Resolve”).
Além da alteração, Cristóvão iniciou o tempo final com nossos jogadores mais adiantados, marcando o Macaé em seu campo. Esse posicionamento nos conferiu uma melhor situação no jogo e quase marcamos logo aos quatro minutos. O zagueiro adversário tirou uma bola de Wellignton Silva em cima da linha.
Depois disso o jogo voltou a ficar equilibrado e continuamos sem ameaçar o adversário. Gerson, que estava apagado como quase todos os demais jogadores, foi escolhido para sair e deu lugar a Vinícius.
A substituição não surtiu qualquer efeito. Pouco tempo depois, o adversário novamente quase marcou.
Aos 31, O juiz achou falta de Gum em um atacante adversário num local de muito perigo para Cavalieri. Na cobrança precisa, nosso goleiro não teve qualquer chance de defesa. Um a zero para o Macaé. Como lembrou bem meu irmão Ítalo, interessante observar que o Macaé tem um cobrador de faltas e o Fluminense não.
Logo após sofrermos o gol, Cristóvão fez sua última alteração, com Michael entrando no lugar do apagado Wagner.
Tivemos duas chances, uma com Walter e outra com Edson, de cabeça, mas não tivemos a força necessária para reagir.
Resultado mais do que justo. Parabéns ao tricolor Josué Teixeira pela sua inteligência em explorar as várias deficiências de nossa equipe.
Caímos para a quinta colocação, ao lado do próprio Macaé e atrás do Madureira, que agora ocupa a quarta colocação.
Beneficiados pela sexta colocação no ano passado, termos mais uma semana inteira para treinar. Pena que imagino que novamente teremos aquela carga “puxada” de treinamentos que tanto tenho reclamado aqui.
Seria importantíssimo treinar (muito) nosso posicionamento defensivo, que continua abrindo o bico quando é requisitado. A combinação do espaço excessivo no meio de campo com a nossa zaga insistir em se posicionar adiantada e em linha tem sido capital para as nossas pretensões.
Não conheço outra forma de corrigir que não seja através da repetição exaustiva das condições de jogo, mas, insisto, não parece ser esse o pensamento há anos nas Laranjeiras. Infelizmente.
Panorama Tricolor
@Panoramatri @Mvivone
Imagem: http://lancenet.com.br
#SejasóciodoFlu
O problema chave é uma defesa fraca que insiste em jogar em linha. Conhecida como linha Maginot que já era aposentada no tempo de João Saldanha. Um Walter que funciona mais como lastro do que com agudez no ataque. Traduzindo. Quando o ataque não funciona ou inexiste a defesa mostra as suas claras e inequívocas deficiências.
Bom dia Vivone. O problema do Flu não são só os zagueiros. O problema começa no meio-campo, onde só o Edson marca, e nas laterais. Alguns cercam, como Wagner e Fernando, e outros nem isso, como o Jean e o Vinícius. O que precisa é colocar jogadores que ajudem na marcação. Só assim o sistema defensivo irá melhorar. Além disso, nós temos um meia que não dribla, não chuta e que só joga para trás e para os lados. Quando enfrentam times fechados a coisa fica feia.
Vivone:
José Roberto, se você reparar, no meu texto falo exatamente isso, que o problema é de todo o setor defensivo, e não somente dos 4 da linha de zaga. Falo inclusive que o meio cede muitos espaços para o adversário pensar.
Quanto ao meia que não cria, também concordo com você. Wagner não tem característica de drible e pouco ou nunca mete bolas verticais, como faz, por exemplo, o Conca. Essas deficiências do nosso camisa 10 prejudicam demais nosso ataque.
Um abraço.