É natural que a empolgação tome conta dos tricolores depois do clássico de domingo passado.
A expressiva vitória sobre o Botafogo mostrou que o time do Fluminense pode ter mais quilometragem do que o eterno pessimismo das manchetes esportivas, sempre com espetadinhas, deboches e tentativas torpes de diminuição da essência das Laranjeiras.
Um fenômeno que não vem de agora e que, se pesquisado, cabe na literatura, exceto para os paspalhões boquirrotos que posam de latifundiários da verdade suprema. Uma bobagem.
Jornais inúteis à parte, a hora é de esperança na afirmação logo mais.
Sim, trata-se de um time ainda em processo de oscilações, montado há pouco e que ainda vai derrapar.
Porém, com todo respeito ao querido Bonsucesso, não se pode pensar em outro resultado logo mais que não seja a vitória, até porque o adversário chega ao nono jogo do Carioca 2015 tendo marcado um mísero gol. Levou nove.
Jogo às nove da noite. Menos mal. Lembra o antigamente. Quase onze da noite, a turba saía correndo do Maracanã. Trem, não havia. Metrô, não existia. A rapaziada da zona sul pegava o 464, cujo ponto inicial ficava pertinho do portão 18. A turma da norte ia em direção à querida UERJ. Tinha geral, biscoito, golzinho dos garotos. Tudo bem diferente desse murão cinzento que aparece na tela da televisão, dando a impressão de que não há uma viva alma a torcer na arquibancada.
Como o campeonato não é lá essas coisas e o pessoal já veio no domingo a preço cheio, talvez seja o caso de um público modesto para o Rio que, aos poucos, troca o azul pelo cinza, a temperatura de inferno pela humanizada, os berros pelos silêncios.
A vitória mantém o Fluminense cabeça com cabeça diante de seus concorrentes históricos. Mantém uma sequência positiva. Dá ânimo, confiança. Tudo o que este time precisa para progredir mais e deixar de lado a impressão de que a atuação no Clássico Vovô possa ter sido fogo de palha.
Num campeonato com os times de cima nivelados, não há porque não acreditar. Sim, a Federassauro não se satisfaz com uma boa campanha do Fluminense, mas aí é que os dirigentes devem entrar no caminho para defender os interesses das Laranjeiras.
Se Fred fizer metade do que conseguiu contra o Alvinegro, ficaremos tranquilões.
Cristóvão, indo tranquilo novamente, já ajudará muito.
A aplicação física e tática, presente outra vez, há de trazer os bons caminhos.
Alguém por favor avise o Consórcio Maracanã (ARGH!): a locutora fala ALTO DEMAIS. Não somos surdos: fomos criados com o inesquecível vocal (abafado) de Victório Gutemberg.
Duro mesmo vai ser explicar no futuro porque um clássico da tradição de Fluminense versus Vasco, seja pelas semifinais ou a grande final a seguir, será disputado fora do estádio monumental, ao contrário desse esperançoso Fluminense x Bonsucesso dessa noite.
No futebol, a babaquice deveria ter tributação pesada e limites. Na vida, aliás.
Panorama Tricolor
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Imagem: fox sports
#SejasóciodoFlu