Amigos, amigas, esse é um dos assuntos que vêm dominando a cena nesses dias que antecedem a partida entre Fluminense e Olímpia pelas quartas de final da Libertadores da América. Lima ou Martinelli?
Poderíamos estar falando em outra escolha: Felipe Melo ou Marlon? E, ainda, sobre um desafio a ser enfrentado por Fernando Diniz. Diante do que vem jogando, o que fazer com JK? Será que o moleque de Xerém não tem vaga nesse time? Mas no lugar de quem?
Honestamente, a única possível mudança opcional que eu espero é a entrada de Martinelli no lugar de Lima, o que me parece ser uma daquelas obviedades. Martinelli, jogando no meio, dá fluência ao jogo, é um organizador, um construtor, enquanto Lima, já dizem alguns, está sendo penalizado na posição de volante.
Parece-me nítido que Diniz não confia em Marlon para começar jogando. Ele confia em Felipe Melo. Vai que ele tenha percebido algo pelo que a maioria de nós passou batido. Quanto a JK, dizem as más línguas que o mais óbvio seria a entrada no lugar de Keno, o que, de certa forma, provocaria uma mudança tática, já que são jogadores com características diferentes. Além do que, Keno tem passado longe de ser um problema. Ao contrário, tem sido um dos jogadores mais produtivos do time.
Diante disso, reitero, parece que a única possível mudança é a entrada de Martinelli, que fez muito bem para o time na segunda etapa da vitória sobre o América MG, muito embora com aquele desenho meio excêntrico, mas até explicável, em que André é deslocado para a zaga no lugar de Felipe Melo. De modo que o próprio Martinelli passa a fazer a função de primeiro volante.
Faria mais sentido se fosse uma ideia tática em pleno estado de maturação. Como acreditar nisso, porém, se parece mais certa que a bola no jogo de futebol a saída de André ao final dessa temporada para o futebol europeu? Sem contar, ainda, que esse tipo de movimento tático já fez até aniversário, logo não me parece sensato acreditar que seja uma ideia a ser, digamos assim, “titularizada”.
Enfim, a única novidade no Fluminense é que temos um elenco, ao contrário do que acontecia a um mês atrás, que fornece a Diniz muitas boas opções no banco. E é com isso que temos contado para tentar mudar partidas que se nos impõem adversas. O que não deixa de ser um alento.
Quinta-feira é dia de Maraca. Falar em Martinelli ou Lima me parece uma covardia. É o mesmo que comparar a capacidade de um engenheiro civil com a de um advogado de construir um prédio. Mais covardia, só que com a gente, é Diniz escolher o advogado para a tarefa.
Enfim, repito, quinta é dia de Maraca, e é o que importa até o apito final. Depois, teremos que fazer o balanço do que vivemos desde que o Fluminense se desinteressou pela tarefa de ser “o melhor time da América do Sul” para ser o “que corre para não chegar”.
Há quem diga que o modelo anda caducando, mas é difícil acreditar nisso se observarmos a realidade com olhos um pouco mais atentos. O Fluminense abriu mão, nos últimos tempos, de quase todos os fundamentos do modelo. É um outro time, que, de certo modo, anda a vagar pelos gramados sem sua identidade, vivendo de espasmos, sem vontade e, talvez, sem condições de viver sua própria essência, o que tem muito a ver com as escalações de Diniz.
É quase um Diniz x Diniz, sabe-se lá o que isso significa de verdade, mas quinta é dia de Maraca. Que os Deuses amparem aquele que escolheram para ser o seu preferido.
O problema é que, ao contrário do que acontece com as intervenções do VAR, a regra dos Deuses é uma só.
Faça por onde que eu te ajudarei.
Saudações Tricolores.