“Ih, Libertadores, qualquer dia estamos aí”
Oi, pessoal.
O futebol é o mais popular e apaixonante esporte do planeta não à toa. Primeiro, não basta ser o melhor. O azarão pode ter chances e historicamente até conquistas.
Em esportes como Vôlei, Basquete, Tênis, para citar alguns que também curto assistir, é praticamente impossível um time de basquete brasileiro fazer frente a um time da NBA, o Thomaz Bellucci vencer o Djokovic, tudo é mais previsível. No futebol, não.
Passei meses papeando sobre nosso Fluminense aqui com vocês como se estivesse num horripilante trem fantasma com as curvas e os altos e baixos da montanha-russa e, de repente, não mais que de repente, vencemos três partidas seguidas e estamos no grupo dos classificados para a Libertadores, após o Brasil ter ganho, com razão absoluta, mais duas vagas.
Isso ocorreu por razões pontuais que nos ajudaram sobremaneira: o fim do centroavante fixo, a chegada do atacante de drible frontal, o Scarpa voltando a encaixar seu jogo mesmo prejudicado na obrigação de marcar o lateral adversário e até a entrada do Julio César no gol, que mesmo não sendo um arqueiro top, é ágil, agride a bola aérea e tem segurado firme, sem rebotes, cruzamentos e chutes rasteiros.
Foram três mudanças de jogadores que deram ao time dinâmica e melhor encaixe, além da diminuição das falhas que já estavam grotescas e comuns demais para um goleiro de alto nível e caro como Cavalieri, que nos custaram alguns gols sofridos.
Junte isso tudo ao Giulitte Coutinho (gosto de chamar pelo nome em singela homenagem ao ex-presidente do América, de um tempo que havia dirigente de futebol de verdade e honra). O Estádio em Edson Passos foi o pulo do gato para atuações mais vibrantes, sem a apatia de um Fluminense que várias vezes vimos esse ano.
Agora restam dez jogos. Essa noite de quarta, às 21h, um confronto direto contra o Santos, sem Lucas Lima e Vitor Bueno, na Vila Belmiro. Na quinta, dia 13, o Fla x Flu na Ilha “do Botafogo” e, segunda, dia 17, contra o São Paulo, às 20h, em “casa”, lá na Baixada que é Fluminense.
Jogos contra clubes grandes engrandecem o Fluminense. Sempre me preocupo mais em enfrentar Chapecoense, Sport, Náutico, América-MG, Vasco, Botafogo, do que os que brigam no topo. O ideal seria pontuar no mínimo cinco pontos nesses três próximos confrontos.
Mas se não acontecer, ainda assim estaremos na briga e vou confessar: pouco me importa a colocação que terminarmos se ela nos levar, mesmo na fase de repescagem, à Libertadores.
Essa noite imagino o time tentando atuar como na vitória sobre o Grêmio, no sul. Pode não funcionar porque o time do Santos do meio-campo (a imagem de um time) para frente é mais leve, e nós temos Pierre, Cícero, Gum e Henrique, lentos. Contra um Grêmio sem confiança e pressionado pela torcida, com somente Douglas (deles) tentando armar e acertar jogadas, funcionou.
Por isso, como gosto, jogaria com marcação alta (essas nomeclaturas novas do futebol da antiguidade são divertidas!). O Santos estará sem seus dois meias que prendem a bola e criam, Lucas Lima e Vitor Bueno.
Com Copete (bom jogador, mas corredor) e Jean Mota, tentará ir no abafa, na velocidade. Se o Fluminense pressionar na saída de bola deles, eles não terão espaço para entra no nosso um terço defensivo com tranquilidade e poderão errar mais, o que nos dará possibilidade de roubada de bola e contra-ataque.
Do jeito que for, a proposta de jogo que for, muitas vezes muito equivocada do Levir fora de casa, que os rapazes possam aproveitar o gás da indignação da “roubada” eliminação para o Corinthians, além das últimas três vitórias seguidas, para, com confiança alta e pé calibrado, emplacar outra boa atuação na Vila, pontuando e indo para o Fla x Flu com o mesmo moral.
Por fim, é isso: desde 2013, após a campanha ridícula comandada por Abelão, o sonho do retorno nunca esteve tão próximo. Um sonho do Fluminense e ouso afirmar, uma saudade imensa da própria Libertadores em nos ter em seu elenco de protagonistas, abrilhantando os estádios de verde, branco e grená, espetáculo que nenhuma, eu afirmo NENHUMA outra torcida conseguiu proporcionar ao campeonato de clubes mais importante das Américas. Nem as torcidas argentinas. Sem clubismo, juro.
O sonho do retorno nunca esteve tão perto… “Íh, libertadores, qualquer dia estamos aí!”
Toques Rápidos:
– Não gosto de Pierre com Douglas ao lado de Cícero no meio-campo;
– Nem gosto de Marcos Jr de centroavante. Aliás, não gosto dele nem de titular. Seria um reserva super útil para mim;
– Meu quarteto ofensivo seria: Maranhão e Welington como pontas ofensivos porque dribladores frontais, com Scarpa como 10, flutuando, e Magnata na área. Disputaria o título! Rá!
– William Matheus, como vinha dizendo, se consolidou como um lateral esquerdo excelente na marcação, que fecha a primeira linha de quatro sem expor o zagueiro, não abrindo avenida nas costas. No apoio é limitado. Mas prefiro um lateral marcador, porque ofensivo tem que ser jogador ofensivo;
– Wellington Silva merece aplausos meus: contra o Sport foi o primeiro jogo que o vi na linha de quatro, sem abrir avenida e obrigar o Gum a cobrí-lo e ocorrer aquela tragédia que sabemos, o tal do queijo suíço… Aplausos, bom dizer, ainda bem tímidos;
– Por fim mas não menos importante: Levir não gosta mesmo de Magno Alves. Lado bom: ao menos Richarlisson fez outro bonito e importante gol. Vai, garoto! Você tem talento. Confia!
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @CrysBrunoFlu
Imagem: cib
Talvez seja pura implicância minha, mas já que o Cicero não marca e não arma jogo, poderia jogar de centro avante.
E pelo que lembro, Renato Chaves e Marlon foram preteridos na zaga por serem ruins nas bolas altas, parece que esqueceram de contratar os bons nas bolas aéreas.
Inclusive o Marlon está no Barcelona, que se quiser ficar com ele é só mandar 2 balas juquinha e 1 mariola que está pago.
Pelo menos o Cavaliere machucou, agora falta o Cicero.
ST