Engenheiro de formação, com sólida trajetória acadêmica e profissional, Júlio Bueno foi um dos sócios mais proativos do Fluminense. Durante décadas, lá esteve para tentar influenciar e modificar o cenário do clube, sendo uma das figuras mais expressivas da oposição do Tricolor no século XXI. Expressivas e de elegância: mesmo quando foi indevidamente caluniado por conta da vileza que reina na baixaria política das Laranjeiras, jamais respondeu no mesmo tom, sempre se limitando ao campo das ideias.
Cabe dizer que Júlio não se limitava aos bastidores do Fluminense, pelo contrário: era figura certa e permanente nas arquibancadas do Maracanã e de outros estádios, ao lado de outros próceres da torcida. Era o que certamente faria hoje à tarde, se não tivesse sido colhido pelo destino nesta manhã de domingo.
Júlio Bueno não conseguiu realizar o sonho de ser presidente do Fluminense, mas emprestou sua grandeza nas relações das lideranças tricolores. Nunca se saberá o que teria feito caso alcançasse seu objetivo, mas se esperava dele uma condução das melhores – e o Tricolor talvez estivesse em situação econômica, financeira e espoetiva muito acima do estágio atual.
E falando em grandeza, cabe ao clube a devida homenagem a um de seus sócios mais combativos, um torcedor em permanente estado de graça mesmo quando as coisas não iam bem dentro das quatro linhas. Que o Fluminense em campo lhe faça as honras logo mais diante do CSA.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
#credibilidade