‘E só isso, não tem mais jeito, acabou, boa sorte, não tenho o que dizer, são só palavras e o que eu sinto não mudará.’
‘Me segura que eu vou ter um troço, tá rolando a polca no salão.’
Assim, em ritmo de polca, o Internacional de Porto Alegre, recém-eliminado da Copa Sul-Americana, deitou, rolou e bailou feito um bom gaúcho em sua dança dos facões: dançada por par masculino, munidos de dois facões afiados — o que exige agilidade e rapidez de reflexos.
Desse modo, o Colorado fez o Tricolor de gato e sapato no Beira-Rio. Ou melhor, de cão que mais parece um rato: late mais alto que daqui eu não te escuto, assim diria Valesca Popozuda ao rufino. Um rottweiller contra a torcida do Fluminense e ao mesmo tempo um pug para os adversários.
A equipe estava em um misto de distração e cansaço pela rotina. Quarta-feira tem decisão no Maracanã contra o Fortaleza, pela Copa do Brasil. Pilotos experientes não se dedicam por completo, em treinos e testes, tendo um GP para correr. A falta de rodízios e real integração de jogadores jovens e úteis ao elenco cobraria seu preço. E cobrou caro: três a zero, que poderia ter sido quatro ou mais, fora a Polca Loca, que quando toca é o fim da meia boca, e a galera arrasa quarteirão.
A entrada de Felipe Melo, no início do segundo tempo, no lugar de Manoel, acabou por decretar o triste fim de Fluminense Quaresma. Um ex-jogador que vive de gritos, latidos, acossar adversários e apavorar torcedores, que tem uma vida de humilhação e em sua maioria, nunca terá as benesses e riquezas que um jogador de futebol tem.
Os três gols do Inter foram em cima dos nossos elos frágeis: Bustos, ainda no primeiro tempo, entrou rasgando o costado de Caio e finalizou pelas mãos de Fábio, um belo cruzado de direita, fazendo inveja a Rock Balboa. O segundo veio de um bailado por cima de FM52, um decreto para o gol de Alemão. Já a pá final de cal, foi oriunda de uma assistência de Felipe Melo de Carvalho para Carlos de Pena acertar, de fora da área, um belo chute no cantinho contrário de Fábio.
Os erros que hoje vimos e que definiram o jogo em derrota, vêm se repetindo rodada após rodada, porém mascarados pelos resultados positivos.
Vou seguir batalhando no porvir por crer que temos melhores opções do que os ex-jogadores e que os jogadores que só estão no Fluminense por influência de empresários, que dividem com a diretoria os louros dessas flâmulas.
Feliz Dia dos Pais, mas hoje o Seu Carlos estaria possesso com o distrato e agravo que seguem fazendo ao nosso Fluminense.
Esta vaneira tem um cheiro de galpão
Que reacende o meu olfato de guri,
É pau-de-fogo da memória dos fogões,
Essência bugra que me trouxe até aqui.
Esta vaneira tem um quê de quero mais,
Que reativa um paladar que já foi meu,
Relembra a rapa da panela que furou,
E no cantinho da memória se perdeu.
Esta vaneira tem um quê de nostalgia,
Que traz de volta o romantismo do cantor,
Revigorando um coração que endureceu,
Que não queria mais ouvir falar de amor.
O Flu sentiu nos lombos a força do maragato, levou de peia uma surra do ximango.
Mas latiu, ladrou… só não mordeu.