Klever merecia mais.

O jovem goleiro fez um partidaço, pelo menos quatro grandes defesas, duas à queima-roupa – uma como se fosse pênalti, e nada pôde fazer quando Leandro Damião, livre na pequena área, fez Inter 1 x 0 Fluminense perto do fim do jogo. Foi o melhor em campo no dia de sua estreia profissional no arco tricolor.

Foi um jogo em que cada time começou um tempo de forma eletrizante, o Flu no primeiro e o Inter no segundo. Nos outros momentos, equilíbrio entre os times e poucas finalizações – a mais marcante delas quando Sobis acertou a forquilha direita de Muriel na primeira etapa. Ah, sim: Biro-Biro sofreu pênalti de Índio, mas Seneme não viu.

Depois, na volta, o Inter pressionou, o Flu se segurou, tentou dar troco e a partida parecia passear na estrada do empate. Bruno (que vinha bem) e Anderson (incrivelmente também) fizeram bobagem e o gol colorado selou a sorte do jogo. Sem caça às bruxas, no entanto.

Ainda que Rafinha e o próprio Biro não tenham repetido a atuação contra o Botafogo, o time do Fluminense não foi mal. Poderia ter ido melhor, principalmente no cenário ofensivo, mas não seria equivocado dizer – sem chororô – que a derrota foi injusta pelo volume apresentado e também porque não é fácil encurralar o Inter em sua casa – o que conseguimos algumas vezes. Levemente injusto. E, novamente, não fosse o pacote de 15 pontos perdidos no fim da era Abel, essa derrota seria capítulo normal do campeonato.

Nenhum dos adversários na briga de meio da tabela disparou, mas o momento é de atenção: agora encaramos o mordido Vasco (que sempre tem nos aporrinhado nos últimos 20 anos) e o perigoso vice-líder Grêmio. A invencibilidade do Flu de Luxemburgo também merecia ter ido mais longe. Uma pena.

Restam doze jogos.

O G4 ainda é um sonho real, nada tem de impossível.

Vamos saber o desenho que nos espera nas próximas três ou quatro rodadas.

Panorama Tricolor

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