Fluminense: uma incógnita (por CH Barros)

Carxs amigxs, há muito o que dizer a respeito da vexaminosa semana que passou para o FLUMINENSE. É inacreditável saber que tivemos a proeza de deixar escapar a vaga para a segunda fase da Copa-Sul Americana, torneio cujo a torcida tricolor tanto sonha em conquistar.

Falarei apenas dos malefícios que o Flu terá daqui pra frente por ter perdido a chance de vencer a Sula deste ano.

1) O Fluminense é o time que possui mais tradição no futebol brasileiro pelo seu pioneirismo, história e pela centenária tradição. Carregará isso em suas cores perpetuamente. Porém, todos sabemos que o Flu sempre sofreu com adminstrações que culminaram no caos financeiro que habita atualmente em Laranjeiras. Logo, hoje somos um clube limitado, sem poder fazer grandes contratações e que tem que se contentar com jogadores que nem sempre apresentam bons rendimentos. Por causa disso, caminhamos para uma seca de oito anos sem um título de expressão. Você, caro(a) leitor(a), neste momento, deve estar se perguntando: “Mas o que isso tem a ver com o jogo de terça-feira?”. Eu vos respondo: por termos perdido a chance de prosseguir na Sul-Americana, é bem provável que chegaremos ao oitavo ano sem uma conquista relevante, visto que o Campeonato Brasileiro é muito difícil (é um torneio que exige ter um elenco eficaz para conquistá-lo) e que a Copa do Brasil também é laboriosa de ganhar, por existirem times muito superiores ao nosso hoje em dia no Brasil. É duro falar isso, mas é a realidade. Ah, não citei o Campeonato Carioca porque não o considero hoje como um título de grande porte. Até me importava com ele, mas depois da final da Taça GB do ano passado e também de outros jogos em que fomos garfados, passei a deixá-lo em segundo plano – é bom ressaltar que o Carioca, um dia, foi o torneio mais importante do país. Estragaram-no;

2) Segundo ponto: os jogos da Sula quase sempre atraem bons públicos, capazes de render bons lucros nos cofres do clube – para um time assombrado por dívidas, isso sempre cai bem. Perdemos isso e, além do mais, as premiações por ir avançando de fase;

3) Como citei na minha coluna anterior, o vencedor desta edição da Sul-Americana garantirá uma vaga para o Mundial de Clubes de 2021. O Fluminense jogou fora essa ilustre chance assim que pôde, o que é incompreensível;

4) Um título continental deste porte daria muita visibilidade ao Fluminense, trazendo a possibilidade de aparecer um patrocínio master às Laranjeiras;

5) A torcida tricolor já não aguenta mais esperar por títulos e suportar campanhas horrorosas e que não condizem com a tradição do Fluminense Football Club. A Sul-Americana era o único título viável de conquistarmos neste ano e esta possibilidade prontamente foi jogada fora. Lamentável!

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Este é o caminho para o êxito, amado Fluminense. Basta segui-lo! E diante disso, o mínimo que a diretoria pode fazer para esconder um pouco este vexame é trazer de volta o ídolo Fred (querido por muitxs tricolores) e fazer de tudo para que o Flu tente um título, fazendo campanhas dignas em todas as competições que restam-lhe disputar (Copa do Brasil, Brasileirão e Carioca).

Espero que o Fluminense aprenda todas as lições que lhe foram recitadas nesta coluna, para que não possa mais falhar. É preciso que o clube ouça o canto das arquibancadas, que pedem a todo instante lucidez, bravura, esforço e RESULTADOS em campo.

O Fluminense Football Club foi fundado para colecionar vitórias. Para ser pioneiro e admirado por todxs. Não é à toa que seu lema é “Vencer ou vencer”, e que um dia recebeu a Taça Olímpica, o Prêmio Nobel do esporte, por ter sido a organização esportiva perfeita em 1949. Torço para que os jogadores de hoje tenham conhecimento disso.

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O Fluminense é, todo ano, uma incógnita. Não há como prever que o futuro, seja próximo ou distante, reserva a nós, tricolores.

E aí fica a pergunta: o que esperar do Flu no Maranhão? Venceremos o Moto Club facilmente, entraremos para empatar e levar a vaga ou ocorrerá mais uma desclassificação?

No duelo das camisas, óbvio que somos vencedores (sem desmerecer a história do adversário maranhense), mas sabemos que nem sempre é assim: caso fosse, teríamos ganho a LDU em 2008 e 2009, o Paulista em 2005, o Inter em 1992, o América de Natal em 2014, o Corinthians em 1976 e por aí vai. Geralmente há um improviso, um jogador que entrega o ouro e, na maioria das vezes, uma arbitragem tendenciosa.

Bom, que prevaleça a mística tricolor no Castelão, pois já basta a humilhação recente. Calcemos as sandálias da humildade para voltarmos a sorrir em 2020.

Saudações tricolores!

Panorama Tricolor

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