Mais uma vez – e não me canso de dizer! -, torcer com vontade para o Fluminense nada tem a ver com as propaladas diferenças políticas do clube.
Posso falar de cadeira sobre isso: nem quando sofri o único – infame e espúrio – processo judicial em toda a minha vida, tramado em Álvaro Chaves e tendo contado com a leniência da dupla Bittemsen, deixei de escrever, produzir e publicar intensamente: de lá para cá, foram umas 300 colunas e oito livros tricolores, quatro deles distribuídos gratuitamente em formato digital.
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Aliás, posso dizer que tudo foi de graça: livro de futebol não dá lucro e o PANORAMA não ganha grana por like ou acesso, o que explica o fato deste blog ser nem melhor, nem pior, mas muito diferente da média.
Agora que o time tem feito ótimas partidas, dentro da humildade e limitação que lhe cabe, todos os tricolores vencem – e quem se coloca fora disso precisa rever seus conceitos de torcida e identidade.
É claro e evidente que precisaremos de reforços para o segundo semestre, e a própria direção sabe disso. Paulo Autuori já se manifestou a respeito.
Portanto, depois de uma sequência de ótimas vitórias, sendo a última por demais expressiva, é hora de dar crédito ao Fluminense.
Empurrá-lo como há muito não se fazia.
Sem essa conversa de rival reserva. Todo mundo viu ontem o que é o time principal, poupado e preparado…
Não estamos abaixo de várias equipes tradicionais do futebol brasileiro. Fizemos um fevereiro irreparável. A impressão é a de que o time está unido como nunca. O dinheiro está no bolso. Things are getting better, saudando o genial Cannonball Adderley.
As vitórias aliviam, tiram o peso, a sisudez, o mau agouro, a negatividade exacerbada travestida de crítica – às vezes por paixão, noutras por delivery.
Temos plenas condições de avançar na Copa do Brasil e o jogo de jogo mais é um passo primordial nisso. Domingo, tem Volta Redonda em Los Larios. Mais duas vitórias darão ao Flu ainda mais consistência e, principalmente, algo que vinha faltando ao time há anos: autoconfiança.
O horário de logo mais e o local de domingo não ajudam, mas quem for grita por cinco e tudo bem: já fizemos isso milhares de vezes. Para quem não puder ir, que tal usar as redes sociais para incentivar e fortalecer o time? Lembram da clássica de Tim Maia em seu álbum ao vivo cantando “Descobridor dos sete mares”? “Quem puder dá uma longa; quem não puder, dá duas rapidinhas. Rauuuu, rau rau!”
Muita gente acha, com razão, que o primeiro semestre do calendário no Brasil é muito mais leve do que o segundo. A questão é que um bom desempenho na primeira metade pode incentivar e muito a segunda.
Hoje somos um time de conjunto, sem corpos celestes intergalácticos, sem manchetes favoráveis, lutando para refazer uma caixa arrombada. Até aqui, não conseguimos absolutamente nada, exceto um item fundamental: resgatar boa parte da nossa autoestima com as vitórias recentes, em várias delas com atuações convincentes.
Torcer. Torcer. Jogar junto. Jogar a favor.
Torcer pelo FLUMINENSE.
Nestas últimas três semanas, o Flu tem dado gosto de se ver. É aplicado, valente, dedicado. É isso que me interessa, é isso que eu quero. Isso é o mais importante de tudo.
Não há like, compartilhamento ou “repercussão” (pffff) que seja mais importante do que uma vitória tricolor ou, na impossibilidade, do que uma atuação digna, honrando a camisa.
Fundamental é entender que, diante do nosso Fluminense, somos todos coadjuvantes. Não cabem exceções. É hora de amor. Eu quero vencer o Avaí, o Voltaço e começar uma semana feliz.
Enquanto isso, vamos caminhando, lutando, torcendo, protestando construtivamente, apoiando idem e deixando de vez o tal bostejamento de ódio – arma típica dos medíocres e infelizes – de lado.
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Laranjeiras é fundamental.
Laranjeiras precisa voltar de vez.
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Uma pena que Orejuela tenha sido um cabeça de vento. Seria o toque de jazz no meio-campo tricolor.
De toda forma, estou bem satisfeito.
Com um zagueiro, um meia e um finalizador, mais a pegada atual, tempos boas chances de fazer a melhor temporada tricolor desde 2012.
Em futebol, tudo é efêmero, mas minha posição de torcer pelo Fluminense – e não contra ele – é irredutível.
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#Rio453
Que o #454 seja bem diferente.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @pauloandel
#JuntosPeloFlu
Imagem: rap