Hoje o Fluminense estará frente a frente com o Resende. É um time chato e que sempre dá trabalho. Dos chamados times de menor investimento – bobagem, são os pequenos mesmo –, o alvinegro é o que tem se destacado mais nos últimos anos. Todo cuidado é pouco.

Quanto ao Fluminense, no domingo, contra o Nova Iguaçu, percebi que a marcação melhorou. Valência estava mais atuante, fechando a entrada da área e, às vezes, posicionando-se como um terceiro zagueiro. Inclusive, Jean jogou com mais liberdade e foi um dos destaques. O Diguinho é que ainda não desce, mas ao menos não comprometeu.

Com relação aos laterais, Renato Gaúcho deveria trabalhar mais com o Carlinhos. O Bruno marca melhor, então fica. O Carlinhos tem melhor poder ofensivo, então ataca. Contra o Nova Iguaçu, Bruno subiu muito, tentou dialogar com o Rafael Sóbis, mas, como fala grego, pouca coisa aconteceu por ali. Carlinhos esteve tímido, ao contrário do jogo contra o Bonsucesso.

Na frente, Fred ficou estático. Claro que o tempo parado está afetando o desempenho. Precisa de jogo. Também, a pancada que levou no joelho o deixou mais cauteloso do que o normal. Já já deslancha.

É hora de engatar outra vitória e mostrar que o ano começou.

Pela base

Que diferença faz um jogador de alto nível. Dá gosto de ver o Conca jogar. Melhor ainda: está no nosso time. Se o argentino estivesse no Fluminense no ano passado, a temporada não teria sido como foi. Pena. Vamos em frente.

Interessante que nesse final de semana, alguns jogadores se destacaram: Conca, Montoya, Valdívia, Álvaro Pereira, Barcos. Percebe-se que não são jogadores brasileiros. Isso é reflexo do atual estágio do nível técnico do nosso futebol.

Em outros tempos, discutia-se muito sobre as injustiças nas convocações ou falava-se em diversos jogadores que não vestiam a amarelinha por falta de vaga. Hoje, o que se tem de melhor está no time do Felipão. Podemos separar com muita tranquilidade dois mundos completamente diferentes e com um imenso abismo no meio: Seleção Brasileira e clubes. Pior, tirando-se uma exceção aqui, outra ali – o Fred, por exemplo – os bons estão lá fora. Isso é péssimo.

No fim de semana, terminou a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Contam-se nos dedos de uma mão as promessas. É preciso um plano urgente. Um clube faz uma coisa aqui, outro faz ali, daqui a pouco nenhum faz mais. Esse planejamento deve ser de abrangência nacional e envolver todos os clubes. Nessa toada, seremos um novo Uruguai.

“Lusagate”

As notícias vindas de São Paulo são escabrosas. No entanto, fico com um pé atrás com relação ao cara do Ministério Público. Por enquanto, muita suspeita, nenhum fato e bastante falação. Melhor seria ficar na dele, colher os depoimentos e fazer a denúncia. Conversa demais dá margem para quem tem rabo preso se mexer e apagar ou esconder provas. Há muita coisa em jogo.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @MauroJacome

Pré-revisão: Rosa Jácome

Foto: futeboldeclasse.wordpress.com/