Mais uma vez o Fluminense conseguiu se meter numa confusão do cacete. Poderíamos estar focados somente na semifinal da Sul-Americana, mas não! Arrumamos uma partida decisiva na mesma semana, mais importante até que o duelo com o Atlético-PR. Pelo menos é assim que eu penso: prefiro ser eliminado da Sul-Americana do que rebaixado no Brasileirão.

Se há algum tempo atrás os jogadores davam a entender que, mesmo com os vencimentos atrasados, estavam honrando a camisa tricolor, já não podemos dizer o mesmo. O caso mais emblemático, em minha opinião, é o do Richard. Depois que divulgaram supostos interesses do Cruzeiro e do Corinthians nele, passou a não jogar porra nenhuma. Desarma e, ao invés de passar logo a bola (ou arrancar com ela), fica retendo a mesma até perdê-la.

Bom, o momento é de união e não quero ficar dinamitando nossos jogadores – considero que vários outros estão com a mesma indolência. O Fluminense, todo ano, por um motivo ou por outro, perde peças e fôlego ao final das temporadas. Neste momento, se tivéssemos Ibañez, Gilberto, Pedro… O elenco é curto e, se não fosse Xerém, estaríamos mais fodidos ainda.

A diretoria, por sua vez, é isso aí que estamos vendo. Ou melhor, não estamos. Covardes, falsos…o time se tornou um reflexo dela. Pois pouco caso e incompetência são pagos na mesma moeda. Precisamos de gente que saiba fazer futebol nos bastidores, seja nos vestiários ou mesmo nas horas de nos representar na CBF e na Ferj.

Como nós, torcedores, não temos culpa disso (pelo menos os que não votaram na chapa do atual presidente ou aderiram a ela na última hora), o dever é apoiar o time neste momento tão delicado. Não é possível passar por um jejum tão absurdo de gols como o atual. A força tem que vir da arquibancada.

Não merecíamos chegar ao fim da temporada num sufoco destes. Contudo, vamos acreditar e ter fé. A honra do Fluminense está em jogo. Precisamos do Time de Guerreiros. Que ele renasça nos lembrando sempre do amor que cultivamos por essas cores.

Panorama Tricolor

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