Após duas derrotas seguidas, o Fluminense de Fernando Diniz terá pela frente no Campeonato Brasileiro ninguém menos que o Atlético-MG. Um adversário sempre complicado – poderio econômico atual à parte. Tenho lembranças de muitos duelos que presenciei contra o Galo no Maracanã. Recordações que me fazem viajar, trazendo à memória um estádio que não mais existe e um tempo que… quem dera pudesse voltar.
Vou ao ano de 1980, chegando em cima da hora do jogo, na geral, para ver Robertinho abrindo o placar de cabeça. E no mesmo jogo, após uma bola mal atrasada por Miranda, a quem na época a torcida tricolor apelidou, jocosamente, de Trésor (célebre defensor da seleção francesa), o rei Reinaldo invadir a área e sofrer o pênalti que Cerezzo converteria no gol da vitória atleticana por 3 a 2.
Recordo, no mesmo ano, véspera do meu aniversário, uma quarta-feira à noite, ser “presenteado” com um gol olímpico de Éder – algo que eu nunca vira acontecer diante dos meus olhos. Que raiva senti quando João Leite defendeu um pênalti cobrado por Zezé, antes que Ângelo decretasse nova derrota, essa por 2 a 0.
Ah, mas também teve vingança, no Brasileirão seguinte. Vingança proporcionada pela cabeçada perfeita (como sempre eram) e a cobrança de falta “a la Zico” de Cláudio Adão. Tudo bem, Palhinha diminuiu para o Galo e nos fez passar aquele conhecido sufoco. Mas vencemos por 2 a 1 num dos jogos que mais gostei de ter estado presente.
Depois desses se seguiram muitos outros.
Presenciei vitórias, derrotas, empates… Mas sempre foram grandes embates. Como aquele que vencemos por 3 a 2, em 2001, numa virada decretada no último minuto pela cabeçada de Régis – nessa, eu estava na Tribuna de Imprensa do Maracanã e tive “premonição” de que o zagueiro tricolor faria o gol na hora em que a bola foi levantada para a área. Acredite quem quiser.
Pois é, tantos duelos entre esses rivais, a final da Taça de Prata de 70, a luta pelo título brasileiro de 2012 – é claro, gosto de lembrar o que nos fez sorrir. Fluminense x Atlético-MG é um dos maiores clássicos do futebol brasileiro. Jamais num encontro entre ambos não houve emoção. Que nesta quarta-feira possamos reviver nossos melhores momentos. Vamos torcer.