Depois de toda eliminação, é preciso o cuidado de não cair na tentação da caça às bruxas.

Se alguém tinha dúvidas da importância do Carioca para o Fluminense, é só perceber a reação da torcida: não tem ninguém indiferente ou fazendo piada. Aliás, sobre o campeonato desenvolverei noutra coluna uma opinião que diverge da maioria: a hora em que esse campeonato desaparecer, os clássicos desaparecem junto. Falamos depois.

Se levarmos em conta o terror que se desenhava em janeiro, abril é menos pior do que se pensava. Temos algumas boas peças, nenhuma reposição e carências. Mas é o que tem: não há dinheiro nem ilusões, a não ser nos discursos mofados dos capachos de candidatos.

Falando em carências, outro dia entrou o Agenor no gol. Levou três mas fez ótimas defesas e ridicularizou os que desdenharam de sua barriga. Saiu, voltou o Rodolfo. É um bom rapaz, luta contra um drama na carreira, já pegou pênalti, mas não vem bem. Falhou em todos os últimos jogos, tendo o Fluminense perdido ou não. Ontem a conta saiu salgada. Não que o Flu tenha sido eliminado exclusivamente por causa dele, não mesmo, mas que contribuiu bastante é fato. Foi um frangaço.

Os mais novos não se lembram, mas em 1982 o Fluminense tinha revezamento entre Paulo Victor e Paulo Goulart. Antes disso, Renato e Wendell. Por não fazê-lo ou por descuido, rifamos muitos goleiros que poderiam ter tido vida longa no clube. Na primeira vírgula, rua. E só quem perdeu com isso foi o Flu.

Até para tentar reabilitar o Rodolfo, seria legal ter o Agenor em campo contra o Luverdense. Dar um tempo, oxigenar, evitar aquela velha execração que não leva a nada de bom.

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Sete anos sem o Carioca, indo para sete sem o Brasileiro, até aqui quase doze sem Copa do Brasil (e tomara que não se cumpra).

O Fluminense contemporâneo é mais parecido com o de Fábio Egypto do que gostaria – a começar por seus dirigentes e métodos -, mas vamos em frente.

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Terça-feira tem jogo. Tou lá.

Panorama Tricolor

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