Jogo importantíssimo esse do Engenhão: pela tabela, pela recuperação, pelos desafios à frente. Achei que dava diante do rival, levamos uma chinelada barra pesada… Agora é encarar de cabeça erguida. Somos cientes das deficiências do time, mas também da costumeira entrega, tirando a vacilação no Fla-Flu.
Bom mesmo era em 2010: fizemos 5 a 1, Luxemburgo caiu, o escambau. E a torcida queria matar o Carlinhos… Já ficou para trás. Tempos de grana. Bem antes, trocamos pauladas – no campo – lá pelos anos 1990, até pela finada Copa Conmebol, que hoje é a Sul-Americana.
Agora, saudade mesmo é 1981. Fui para o Maracanã com meu pai, das últimas vezes antes de passar a ir sozinho. O Flu tinha um timão, o Galo também. Pouca gente nas arquibancadas, o que não chegava a constituir novidade. O que lembro mesmo é que Cláudio Adão matou a pau: fez um golão de cabeça, outro em cobrança de falta, dois a zero no primeiro tempo, depois o Galo descontou e sufocou. Adão jogava muito, muito. Foi o maior 9 que vi jogar no Flu. Se tivesse ficado uma década no clube, estaria no topo da artilharia tricolor para sempre. Craque mesmo. Outro dia mesmo eu estava lá torcendo,
Os tempos mudaram, as coisam estão bem mais complicadas, o inimigo agora é outro, são outros. Recordar é viver, mas a vida não espera. A gente se vira, de toda forma. Torcida e time juntos, politicagem na lata do lixo. Acho que dá, eu sempre acho.
Panorama Tricolor
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