Não tenho dúvidas de que, a continuar essa sacanagem que estamos sendo obrigados a assistir, essa é a projeção do Fluminense na tabela do campeonato.

De uma hora para outra, os jogadores simplesmente pararam de se movimentar, de jogar com tesão. Cristóvão, por sua vez, virou um técnico que usa e abusa de escalações e substituições equivocadas.

O que está acontecendo desde antes do jogo contra o Coritiba? Disputa por prêmios para vitórias? Pressão do Celso Barros? Panela do Fred? Teorias de conspiração para os bastidores Tricolores são muitas e, certamente, uma ou mais delas é ou são verdadeiras. Digo isso porque é impossível uma carruagem virar abóbora de um dia para o outro, sendo composta pelos mesmos jogadores e pelo mesmo técnico.

No jogo de anteontem eu ainda tive alguma esperança inicial de que a postura dos “atletas” havia mudado. Foram bons nossos 15 primeiros minutos, com forte marcação e algum toque de bola. Depois, fomos aos poucos voltando definhando e voltando à leseira das 3 partidas anteriores, culminando com um 2º tempo de irritar até a Madre Tereza.

Impressionante ver durante boa parte do jogo um cara do nosso time com a bola e os demais não se esforçando para se movimentar e receber a bola.

E o Cristóvão? Será que desaprendeu seu ofício em 2 semanas? De técnico justamente exaltado por torcedores e imprensa virou um cara que escala errado e substitui pior ainda? Ou será pressão por escalação de alguns jogadores e não escalação de outros?

Está muito difícil torcer assim. Há 2 semanas que a sensação de ver o time em campo é a mesma do lamentável ano de 2013. E todos nós sabemos a forma trágica como acabou aquele Brasileiro.

É preciso que se faça alguma coisa urgente para não voltarmos a viver o desespero do ano passado. Não sei se Cristóvão peitando quem quer que seja e voltando a escalar os jogadores certos, não sei se Peter assumindo essa responsabilidade, ou se mandando uns 6 jogadores pro raio que os parta e colocando para jogar somente aqueles que têm um mínimo de respeito à nossa gloriosa camisa.

O fato é que estamos ladeira abaixo e, antes que comecemos a viver momentos de terror, alguma ação drástica tem que ser tomada. Por enquanto, “só” demos Adeus à disputa pelo título e saímos do G4. O inferno ainda está longe, mas, com o padrão atual, vai se aproximar rapidamente. Basta olhar os 3 últimos jogos do turno. A continuar tudo da mesma forma, não ganharemos domingo, contra o Sport, e perderemos para Corinthians e Cruzeiro, sendo que nesse último jogo corremos sério risco de vivenciar mais uma humilhação.

De minha parte, infelizmente, sou obrigado a voltar com o mantra de 2013: faltam 20 pontos, faltam 20 pontos, faltam 20 pontos…

Rápidas

– Será que Cavalieri está proibido de sair do gol para cortar cruzamentos? Apesar da pixotada do Henrique no início do lance, o gol de quarta-feira vai todo para a sua conta. Nosso goleiro que um dia já teve nível de Seleção Brasileira assistiu a uma bola viajar lentamente e cair à sua frente, já dentro da pequena área. Exemplo clássico de bola em que o goleiro tem obrigação de intervir;

– A zaga tem que ser Henrique e Marlon. Não dá para aturar o Elivelton dando pixotada e susto em vários lances do jogo. E o que o Fabrício está fazendo no banco? Será que Cristóvão conta com ele para uma necessidade?

– Cícero precisa ser melhor aproveitado. Tem que jogar perto da área adversária. Nos últimos 2 jogos dividiu a função de meio de campo recuado com Valência e Jean. Com esse posicionamento perdemos seu ótimo chute de fora da área e sua melhor ainda presença de área;

– Escalar Walter de titular com seu peso atual é premiar a falta de profissionalismo. Esse rapaz deveria ser afastado dos jogos, treinar à parte, até que volte ao peso de antes da Copa do Mundo;

– O esquema do time, com o elenco atual (leia-se sem um jogador de velocidade no time titular), tem que ser o 4-5-1, de preferência com Sobis de titular e Fred no banco, que deu muito certo durante o pouco tempo em que foi utilizado;

– Será que não existem zagueiros, laterais e um atacante de velocidade nos times da série B do brasileiro que possam ser úteis ao Fluminense;

– Se os meninos de Xerém não podem ou não têm condição de serem escalados ou utilizados durante as partidas, para que levá-los para os jogos? É melhor deixar o banco somente com Klever, Sóbis, Walter, Edson, Diguinho e Chiquinho. Biro Biro, sabidamente o único jogador de velocidade do elenco, é um claro exemplo: em vários jogos precisamos de um jogador com as suas características e ele não entrou. Então para que ele está entre os reservas de todas as partidas?

– Prezado Cristóvão, se a solução para o time jogar é barrar alguns titulares absolutos, que seja feito o que Cuca fez em 2009. Se você ainda não o fez por medo, é bom fazê-lo. A continuar no padrão atual, sua batata vai assar de qualquer forma, e rápido;

– Alô Peter, Mário Bittencourt e Angioni, vocês vão esperar o inferno chegar para agir, seja dando suporte ao Cristóvão para escalar os jogadores que ainda têm com vontade de vestir nossa camisa, ou para tomar outras ações que sejam necessárias?

– Fred, quem dera você tivesse essa mesma postura de defesa dos jogadores quando vocês se sentem ameaçados, para defender também a torcida do clube que te paga. Digo isso porque não vejo manifestação alguma sua em relação a cobrar dos jogadores decência de entrar em campo e dar sangue para honrar o manto que vestem. Não vejo reação alguma sua com a falta de profissionalismo (que você tanto gosta de citar em seus textos) do elenco quando está insatisfeito com alguma coisa, como é o caso atual. A torcida tem sido feita de babaca e, pelo visto, para você isso é normal.

Panorama Tricolor

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