1.
Quarta-feira passada, o Fluminense entrou em campo para enfrentar o Resende no estapafúrdio horário imposto pelo câncer chamado Rede Globo de Televisão. Isso tudo porque a maior paixão do brasileiro tem que começar depois das novelas ridículas da emissora, que, infelizmente, são assistidas por milhões de brasileiros.
Tirando o horário ridículo de lado, o Fluminense foi a campo com o seu atual time titular, sem poupar ninguém (ao menos ou apenas no papel). A torcida que resolveu se poupar ao não ir. Logo de cara notei que time e torcida ainda estão com o freio de mão puxado nesse início de temporada. Também pudera com um campeonato desse com tantos times medíocres, gramados péssimos e horários estapafúrdios. Só se sustenta pela rivalidade local.
De início, percebi que eu estava equivocado no entendimento do esquema adotado pelo Renato. Achava que ele tinha voltado pro 4-2-3-1 do Abel de 2012, mas com três jogadores mais e marcação não fazia sentido. Percebi um 4-4-2 com um losango no meio: Valência de primeiro cabeça de área, uma segunda linha no meio com Jean e Diguinho e Conca mais na frente encostado no Fred e Sóbis. Acho que é isso, mas preciso observar mais.
O time com tal formação ganha boa consistência defensiva e muito toque de bola, mas fica lento demais, principalmente por conta de Diguinho e Sóbis. Eu tiraria os dois e com Biro Biro e Wagner, voltaria para o 4-2-3-1 campeão de 2012. Uma linha de três, formada pelos dois que citei bem abertos e o Conca no meio. E, também como em 2012, mudaria para um 4-5-1 na defesa.
Fred ainda está visivelmente fora de forma e ritmo. Ele sempre demora muito a voltar ao seu ápice atlético, ainda mais com as duas bombas que tem na panturrilha. O time inteiro jogou com o freio de mão puxado, fazendo só o “pro gasto” e ainda assim conseguiu uma vitória magra, sem emoção, na qual o único lance que valeu o ingresso foi o passe de calcanhar do Sóbis na jogada do gol do Conca.
Ainda tivemos que aturar Chiquinho colocado no segundo tempo errando passes em demasia. Renato está insistindo com ele. Pode dar certo, mas, se eu acho que o Biro Biro deveria ser titular, imagino que ao menos ele tenha que ser o reserva imediato, capaz de dar mais velocidade ao ataque.
Mas, é isso aí! Valeu pelos três pontos, que é o que interessa. Ontem tivemos que jogar naquele pântano de Moça Bonita no horário de 17 horas, que na verdade é 16 horas, por conta do horário de verão, mas com uma sensação de horário de meio-dia. Ao menos foram mais três pontos.
Está difícil de exigir que soltem o freio de mão, mas vamos que vamos!
2.
Quem também está de freio de mão puxado é a diretoria do Fluminense. Isso em relação a tomar atitudes contra a imprensa que, desde o dia 6 de dezembro do ano passado, vem achincalhando o Fluminense por uma coisa que ele não tem nada a ver.
A estratégia de não enfrentamento é clara. Eles têm medo da imprensa e do contra-ataque que possam fazer ao clube.
Eu vos digo: não há nada de pior que eles possam fazer, pois pior já foi feito!
Nossa honra foi atacada covardemente, de forma cínica e hipócrita, colocando o Fluminense como o vilão do país.
Já era para ter uma enxurrada de ações contra esses criminosos de microfone na mão. Já era para terem proibido a ESPN de circular pelas Laranjeiras. E não me venham com aquela entrevista mequetrefe promovida pela emissora para dar um ar de democrática.
Aquilo não serviu pra nada!
3.
Estou desde dezembro tentando que nem um louco aprovar uma simples moção de repúdio aos jornalistas tornando alguns deles “persona non grata” no clube. Infelizmente, com pouco sucesso.
Não tenho apoio do conselho, embora hoje já conte com mais simpatia que no mês passado. Eles também estão com o freio de mão puxado em relação a isso. Há os que entendem que não adianta, os que tem medo do enfrentamento, os que acham que o conselho não tem poder pra isso etc.
Mas não adianta. Sou insistente. Na minha opinião, o clube não pode ficar tanto na defensiva assim. Entreguei na reunião do conselho de quinta passada a moção, com o pedido de dois encaminhamentos:
A) Que se coloque para votação na próxima reunião;
B) Que se aprovada seja divulgada no site e nos meios de comunicação internos do clube.
4.
As instituições brasileiras sempre estiveram de freio de mão puxado quando o assunto é investigar questões de interesse público. Questões que possam atingir organizações de caráter privado, que tenham desenvolvido uma simbiose com as estruturas de poder do país.
É inconcebível que o ocorrido na última rodada do Brasileirão não seja objeto de investigação policial, pois há indícios fortíssimos de corrupção entre dois clubes: Flamengo e Portuguesa.
Não bastasse a imprensa brasileira jogar uma cortina de fumaça sobre o assunto, colocando o Fluminense como o culpado, precisou um cidadão de bem, ficar que nem um louco investigando, baseado em fatos relatados pela imprensa, para enfim montar uma peça de denúncia e entregá-la ao Ministério Público e à Polícia Federal capaz de virar o jogo.
Mas o Coronel Paúl não tem poder de intimar suspeitos para esclarecimentos. De quebrar sigilos telefônicos e bancários. De propor acareações. Apenas tais ações poderão dar um fim a este mistério da coincidência das escalações irregulares por parte do Flamengo primeiro e da Portuguesa em segundo.
Epílogo
A vida é muito curta para se viver de freio de mão puxado. Só ando em quinta marcha e vou até o fim assim!
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @mvinicaldeira
Imagem: Revista Autoesporte
Quanto ao esquema, com esse treineiro como o que a patrocinadora enfiou (mais uma vez) goela abaixo, só se jogará no 4-5-1, o que pra mim era inacreditável para quem quando jogador era atacante puro, talvez até melhor que o CR7 como o próprio, midiaticamente, como convém a patrocinadora, apregoou estes dias. Tivemos a chance de ganhar uma Libertadores histórica, pois eliminamos os 2 principais times sulamericanos da época, mas não o fizemos por causa de suas aberrações de volantes, insistia com
Se for confirmado o tapetão e vierem com papo de 24 clubes, será a hora de fazer valer de verdade o Estatuto do Torcedor.
E o magistrado lá da justiça paulista segue brincando de expedir liminares. Teve duas cassadas e expede mais duas. O poder judiciário que sempre andou com o freio de mão puxado, agora resolve engatar a ré.
Sabe quando saberemos o que aconteceu na última rodada do campeonato brasileiro? Como de costume, NUNCA.
Já foram encontrados os culpados. Alguém do flamengo e “alguéns” da portuguesa falharam ao não informar aos respectivos clubes a não condição de jogo de seus atletas.
Boa vontade do poder público só se alguém for levar algum tipo de vantagem.
E me explica que porra de investigação é essa em que o promotor religiosamente todo santo dia vai a imprensa dar declarações? Fertilizante para a melancia?
Maracanã dez horas da noite e Bangu cinco horas da tarde para assistir aos emocionantes jogo do carioquinha, nem que eu não estivesse me recuperando de mais um ataque do Aedes.
Enquanto não houver a regulamentação da imprensa, Dilma já disse que esse ano não sai (é ano de eleição), eles irão continuar a fazer aquilo que sempre fizeram, desinformar.