O Brasil inteiro estava de olho no Maracanã. Até os deturpadores de realidade que tentam impor uma ridícula (des)opinião. Fred retornava e, para a tristeza daqueles, movimentou-se bem, perdeu boas oportunidades – inclusive um pênalti – e mostrou que está pronto para recuperar seu melhor condicionamento físico e técnico.
Ao final, surgiu no horizonte de Felipão a solução para a reserva de Fred: Walter. Um jogador que, na área, é fatal. Em trinta e oito minutos, somando-se o Fla x Flu e o jogo contra o Boavista, Walter concluiu quatro vezes, marcou três gols e mandou uma bola na trave. Não é de agora que se sabe do seu poder de finalização. Basta a bola chegar aos seus pés para correr pro abraço. Então, a fórmula é simples: Walter para a reserva de Fred na Seleção!
Ah, teve jogo também.
Primeiro Tempo
Assim que a bola rolou, percebeu-se que o jogo seria, predominantemente, com o Fluminense no ataque e o Boavista na defesa. Fora isso, o time verde e branco sairia em esporádicos contra-ataques, com dois jogadores bem abertos para espalhar a linha de zaga tricolor.
Até os 20’, o Fluminense teve o domínio do jogo, mas não conseguiu criar nenhuma chance clara de gol. As jogadas de ataque eram quase sempre pela esquerda. Conca aproximava-se de Carlinhos para levar vantagem sobre Thiaguinho, lateral direito do Boavista. Ainda tinha Rafael Sóbis por perto. No entanto, a insistência em cruzamentos, com a zaga do Boavista plantada, dificultava a conclusão de Fred.
Aos 25’, Jean errou um passe fácil no círculo central e o Boavista armou o contra-ataque. Carlinhos, naquele momento, já estava no campo adversário e a bola foi lançada em suas costas. Diguinho foi para a cobertura, mas não evitou o cruzamento da linha de fundo. Gum marcava na primeira trave, mas a bola foi para o miolo de zaga. Elivélton demorou a chegar em Gilcimar, que cabeceou com liberdade: 0 x 1.
Logo em seguida, Fred quase marca ao receber na entrada da área e bater à direita de Getúlio Vargas. Com exceção a esse lance, o Fluminense se desorganizou um pouco e os passes errados aumentaram. As linhas esgarçaram-se e, assim, facilitou-se a marcação do Boavista, que adiantou seus jogadores até o centro do campo.
O Fluminense continuava a insistir em bolas aéreas. Muito dessa jogada se devia à presença de Fred em campo. Houve uma mobilização dos jogadores tricolores para acabar com a seca de gols do atacante. Aos 39’, a grande chance: num dos cruzamentos, o zagueiro do Boavista se abraçou ao 9 do Fluminense e da Seleção, derrubando-o. Pênalti. Fred pegou a bola e mandou na trave. Pena.
O placar adverso, o pênalti perdido e a irritação da torcida com os erros poderiam tornar o jogo mais difícil. No entanto, numa escapada pela direita, com a zaga adversária desmontada, Rafael Sóbis cruzou com perfeição. A bola passou por Fred, que foi deslocado pelo zagueiro do Boavista, mas não passou por Conca. O baixinho se antecipou e meteu, de cabeça, no ângulo do ex-presidente.
O gol saiu em ótima hora: antes do intervalo.
Segundo Tempo
No retorno dos vestiários, o Fluminense partiu para cima em busca da vitória. Pressão total. Três gols perdidos, bola na trave e muita movimentação. Um bombardeio.
Aos 18’, num lançamento primoroso de Conca para Carlinhos, que corria por trás da marcação, o lateral matou a bola para bater ao gol, mas Rafael Sóbis entendeu que era um passe e chutou para marcar o gol da virada. Justo.
Em seguida, o Fluminense relaxou na marcação e permitiu ao Boavista chegar com tranquilidade perto da área de Cavalieri. Aos 32’, Gum comete uma falta infantil na meia-lua. Na cobrança, Cavalieri fez uma linda defesa. Bola vai, bola vem, o ataque do Boavista meteu no travessão.
Pouco antes desses lances de perigo, Renato Gaúcho mandou Walter para o lugar de Rafael Sóbis. Era a senha para a goleada. Faltava colocar a bola no chão e acelerar o jogo. Dito e feito. Aos 36’, Carlinhos entrou na cara do gol e bateu errado. Walter pegou o rebote e cabeceou para o gol. Simples: 3 x 1.
Logo após o terceiro gol, Renato percebeu o cansaço do time e tirou Fred e Conca. Entraram Chiquinho e Wagner. A nova formação era para aproveitar os espaços deixados pelo morto Boavista. Uma, duas tentativas. Aos 42’, quase gol do Chiquinho ao bater da entrada da área e a bola raspar a trave.
Aos 45’, não teve jeito: a bola caiu nos pés de Walter. Saco. O detalhe do lance foi que os três jogadores que entraram, construíram a jogada do quarto gol. Chiquinho arrancou pela esquerda, percebeu a corrida de Wagner e lançou. O quase-ex-jogador do Fluminense, de primeira, rolou para o meio da grande área, onde Walter corria, acompanhando a jogada. Errar gols não faz parte do dicionário do novo xodó da torcida tricolor.
Felipão! Seu problema está resolvido: Walter para a reserva de Fred.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @MauroJacome
Foto: globoesporte.com
Revisão preliminar: Rosa Jácome
TÍTULO – MAIS A FREDERICO !!!!!!( Blog de Rica Perrone)
Fred é um dos maiores artilheiros da história do Fluminense. Na recente, aquela mais vitoriosa do que nunca, ele é o maior protagonista de todos, o nome atrelado a uma “era”.Talvez para os mais fanáticos torcedores do Flu haja escolha. Mas pro futebol, pra história, já está escrito o período do “Fluminense do Fred”.Não costumo ouvir falar que falta no treino, que deixa de fazer o que lhe cabe. Sei que se machuca muito, lamentavelmente…
TÍTULO – MAIS A FREDERICO !!!!!!( Blog de Rica Perrone)
Fred é um dos maiores artilheiros da história do Fluminense.
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