Fred, seis anos (por Marcus Vinicius Caldeira)

Ontem, há exatos seis anos, Fred era apresentado como o novo camisa nove do Fluminense Football Club. Cria do América Mineiro, foi logo adquirido pelo Cruzeiro, onde ficou por uma temporada até desembarcar na França para jogar no Lyon. Depois de cinco anos de futebol francês, finalmente chegou para o Tricolor das Laranjeiras.

E logo no primeiro ano já teve uma pedreira. Cheio de problemas extracampo no apagar das luzes da péssima gestão Horcades – que endividou ainda mais o clube – e com algumas contusões, o time chegou nas últimas 13 rodadas tendo que vencer 11 para não ser rebaixado. Com afastamento de alguns medalhões, auxílio de Conca e intervenção cirúrgica de Cuca, o time conseguiu um dos maiores feitos do futebol mundial, se livrando de um rebaixamento dado como certo por 99% dos não torcedores do Fluminense. E o clube ainda chegou à final da Sul-Americana, infelizmente caindo mais uma vez para a altitude de Quito.

No ano seguinte, o título brasileiro, embora tenha sido secundário naquela conquista já que passou boa tarde do tempo contundido.

Em 2011, participou da vitória épica sobre o Argentinos Juniors pela Libertadores (eu estava presente) quando, mais uma vez, já davam o Fluminense carta fora do baralho. Pelo campeonato brasileiro, com o maestro Deco ao seu lado e Abel como técnico, conseguiu um segundo turno espetacular onde até a penúltima rodada o Fluminense tinha chance de título.

Em 2012, a consagração definitiva. Um campeonato carioca com vitórias fantásticas sobre Vasco e Botafogo, uma vitória épica contra o Boca Juniors em La Bombonera (eu estava lá) e a arrancada fantástica para o tetracampeonato brasileiro, abocanhando a artilharia.

Os anos de 2013 e 2014 foram para esquecer. Fluminense penhorado, Unimed na draga, falta de comando sobre os jogadores e seca de títulos e grandes vitórias.

Com a saída da patrocinadora que, por problemas financeiros, abandonou o clube, muitos davam como certa a saída do artilheiro. Pelo contrário. Ficou e ajudou com sua liderança que os demais jogadores importantes como Jean, Cavalieri, Gum e Wagner continuassem no clube.

Apaixonado pelo Fluminense e pelo Rio de Janeiro, não esconde o prazer em jogar aqui e nunca – para o bem o para o mal – deixou de exercer sua liderança perante o grupo e o clube. Com o contrato renovado deve ficar no Fluminense até 2018 completando dez anos de permanência, um oásis no futebol brasileiro moderno.

Seus números e conquistas não deixam dúvida de sua importância pro Fluminense:

– Dois campeonatos brasileiros;
– Campeão carioca;
– Maior artilheiro do Novo Maracanã;
– Segundo maior artilheiro do Engenhão;
– Caminha para ser o maior artilheiro de todos os tempos da Copa do Brasil, só perdendo para Romário;
– 144 gols pelo Flu;
– 18 gols pela seleção;

Fred já tem seu nome como um dos grandes da história tricolor. Se vierem mais títulos e muito mais gols, caminha para ser um dos três maiores (Telê e Castilho para mim são insuperáveis, embora não os tenha visto jogar).

Oxalá dê tudo certo para Fred e o Fluminense nos próximos anos.

Parabéns, capitão e muito obrigado.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

Imagem: pra

#SejasóciodoFlu

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