Sei que muitos torcem o nariz para a volta de Fred ao Fluminense. Está velho, é caro, forçou a sua saída do clube…motivos não faltam para os antagonistas. Não sou um deles. Quero sim, Fred vestindo novamente a nossa camisa nove. E encerrando sua vitoriosa carreira de atacante com ela, qual uma segunda pele.
Na verdade, a era mais vitoriosa do Tricolor neste século poderia ser chamada de “Era Fred”. Ah, mas a Unimed já injetava grana no clube antes. Sim, mas até a chegada do goleador nascido nas Minais Gerais às Laranjeiras, a torcida do Flu vivia enorme carência de ídolos.
Tudo bem, na conquista da Copa do Brasil de 2007 tivemos Thiago Silva como grande expressão. Mas a verdade é que desde Renato Gaúcho não possuíamos um ídolo de primeira grandeza. Aquele que decide o título. Que salva o time. E Fred foi esse cara.
Tudo bem, na conquista do Brasileirão de 2010, ele esteve boa parte machucado. Só voltou nos jogos finais. Mas e os gols que marcou no ano anterior – também após voltar de lesão – e que nos salvaram do rebaixamento praticamente certo?
Como esquecer os marcados no Mineirão, na virada heroica sobre o Cruzeiro? A cabeçada mortal que decidiu o duelo com o Palmeiras? As redes estufadas dos dois Atléticos, em vitórias suadas e importantíssimas no Maracanã? Gols que nos salvaram e dos quais jamais poderemos nos esquecer.
Em 2012, foi até covardia. De bicicleta em final de Carioca, artilharia e taça do Brasileirão com direito a gol do título. “O Fred vai te pegar, o Fred vai te pegar!” Quanto medo e despeito esse grito, vindo da arquibancada, causou nos nossos adversários mais ferrenhos. Nos quais, por sinal, ele gostava de deixar a sua marca.
Fred é o terceiro maior artilheiro da história do Fluminense FC. Foi o primeiro ídolo do meu filho Arthur, hoje com 11 anos. E o último também, para falar a verdade. Mas ao que tudo indica, ainda será. Torcemos para que ele esteja mesmo voltando, como parece. Nosso coração está de portas abertas.
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