Frburguense 1 x 2 Fluminense: atuações (por Mauro Jácome)

mauro jácome panorama green

ENTRANDO EM CAMPO…

Na estreia, Marcão fez algumas substituições pessoais e outra por necessidade. Marlon, Giovanni e Edson ficaram na conta do técnico. Provavelmente, por observações nos treinamentos dos ex. Fred, contundido, obrigou Marcão a repetir uma formação ofensiva que deu certo contra o Cruzeiro: Cícero mais avançado e Diego Souza como homem mais avançado.

DIEGO CAVALIERI

Tentou fazer um milagre no gol de empate do Friburguense, conseguiu só 50%. Muito trabalho com as bolas aéreas do Friburguense, mas se saiu bem.

WELLINGTON SILVA

Teve muita facilidade para chegar à linha de fundo no começo do jogo. Assim, fez ótimo cruzamento para o gol de Cícero logo no comecinho do jogo. Depois, continuou atacando, mas diminuiu o ritmo junto com os demais. Salvou o segundo gol ao desarmar o atacante do Friburguense no último momento. Na marcação, facilitou a vida do Friburguense.

HENRIQUE e MARLON

Tentaram mostrar seriedade, mas perderam muitas disputas aéreas. O gol de empate foi assim. Ficam muito no mano-a-mano e são, constantemente, batidos, principalmente, Henrique. A questão não é só pelo aspecto técnico, mas sem proteção, as duplas vão sofrer muito.

GIOVANNI

Fixo na defesa, compunha uma linha de três defensores na recomposição rápida, no entanto, deu todos espaços do mundo para quem por ali chegasse. E o Friburguense percebeu isso e criou muitas jogadas por ali. No gol de empate, poderia estar posicionado para cortar depois que a bola bateu na trave. De útil, o lançamento de cabeça para a arrancada de Osvaldo e que resultou no gol da vitória. No geral, muito fraco.

PIERRE

Dificilmente, há muito o que se falar porque, sempre, faz a mesma coisa: carrinhos, faltas e passes para o lado. Dificuldades com as jogadas em velocidade do adversário.

EDSON

Um primeiro tempo discreto. No segundo, tentou surpreender o Friburguense ao acompanhar as jogadas de ataque, mas se atrapalhou quando chegou na área adversária.

MAGNO ALVES

Atrasado em vários lances, exceto no seu gol. Parece fora de forma. Não é questão de idade, pois, no Ceará ano passado, corria muito mais. Poderia ter marcado antes: subiu bem de cabeça aos 35’2ºT e a bola raspou a trave.

GUSTAVO SCARPA

Erra muito porque é o único jogador que tenta algo fora do quadradinho. Arrisca, tenta o drible, o inesperado. Procura tirar a obviedade que tem marcado o jogo do Fluminense. No entanto, muitos dos seus erros acontecem por falta de acompanhamento (ou movimentação) dos companheiros. Tenta uma, duas, dez, depois cansa.

OSVALDO

Antes do segundo gol, tinha escrito: “Mais um inútil”. Óbvio, tive que mudar. Excelente jogada no contra-ataque que deu o segundo gol. Fez o que justificou sua contratação. Quando rolou para o Magno Alves, tocou com certa força, senão, o zagueiro cortaria.

CÍCERO

Sem o Fred, teve mais liberdade de movimentação e, principalmente, de chegar à área adversária. Na primeira chance, subiu mais que os zagueiros e tocou no ângulo de cabeça, uma de suas especialidades. No entanto, caiu rápido de produção e fez falta na frente.

DIEGO SOUZA

Muito lento. Perdeu boas oportunidades de concluir exatamente porque não chegava na bola. Além disso, parecia disperso e entregue à marcação. Mais uma partida muito abaixo do que pode render. Merece um banquinho?

MARCOS JUNIOR

Participação muito intensa. Era procurado em todas as saídas para o ataque. No entanto, com a desorganização do Fluminense sumiu no meio da marcação.

GERSON

Entrou com espírito de pelada. Nada acrescentou.

MARCÃO

Com as mudanças, no começo do jogo, percebia-se um losango na transição da defesa para o ataque: Diego Souza mais avançado; na mesma vertical, mas um pouco mais atrás subia Cícero; pelos lados, Marcos Junior e Gustavo Scarpa. Quanto aos laterais, Giovanni resguardava a linha de defesa e Wellington Silva com liberdade para apoiar. E assim, o lateral direito alçava procurando Diego Souza e Cícero. Na primeira chegada, gol. Outra forma de atacar diferente dos jogos anteriores, o time procurava chegar ao gol adversário com trocas rápidas de passes. Talvez, pela falta de costume, erravam e não durou muito. Aos poucos, o Friburguense foi se achando em campo e tomou as rédeas do jogo. O time não mostrou qualquer compactação a partir da metade do primeiro tempo. Para ganhar o jogo, tornou o time muito ofensivo, no entanto, está faltando cérebro ao meio-campo. Deu sorte, deu certo.

FRIBURGUENSE

Investiu no jogo aéreo no primeiro tempo. No segundo, jogou em contra-ataque e chegou várias vezes perto do gol de Cavalieri. A defesa é muito fraca e deu todas as condições ao Fluminense de marcar gols.

ARBITRAGEM

O auxiliar errou ao não apontar a saída de bola no gol de empate do Friburguense. Henrique deu sorte de o árbitro não marcar pênalti quando a bola bateu no seu braço. Muitos não dariam essa colher de chá.

…SAINDO DE CAMPO

A vitória não pode mascarar os problemas. O time toma gol com muita facilidade. Geralmente, mais por falhas gritantes do Fluminense do que por méritos do adversário. São individuais, são de posicionamento. As laterais ajudam a detonar o sistema defensivo: um não marca; o outro não sabe marcar. É uma festa. Mais um detalhe, o time muda a postura após um gol e cai de rendimento absurdamente.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @MauroJacome

Imagem: mj/pra

6 Comments

  1. nenhum time no Brasil é , e quer saber? Com a infra SUB SUB SUB profissional que temos no Brasil, queria ver o Barcelona ser o Barcelona.
    Saudações tricolores.

  2. o problema anestesiante vem DE CIMA, do mais alto cargo, afeta e passa pela torcida que só se apresenta na boa, antigamente não, passa pela falta de técnicos de ponta e que saiba liderar de fato um grupo, por bons fisiologistas, médicos, e chega aos atletas( ser profissional em campo é uma coisa,saber desempenhar BEM o seu papel é outra e ser ou estar motivado é outra, se não houver união das 3 coisas, em qualquer área profissional, já era……. ). E em tempo: aqui não é o time do Barcelona,…

  3. Repito : CADÊ O JOGÃO SEM O FRED ???? Onde foram parar as bravatas do jogo contra o Cruzeiro? Onde está rei morto, rei posto? Existe elenco para jogar com um centro avante mais velho, mais ainda competente e experiente? Não!! Os erros se mantém. A torcida está satisfeita com o Presidente? Existe “alma” em quem hoje preside o Fluminense? Os erros e o problema anestesiante vem DE CIMA, do mais alto cargo, afeta e passa pela torcida que só se apresenta na boa, antigamente não, passa pela falta de…

  4. O que você quer contar sobre os outros é um fato de absoluta verdade ? Caso tenha apenas ouvido contar, a coisa deve morrer por aí mesmo.
    Suponhamos, porém, que seja verdade ABSOLUTA , deve então passar pela segunda peneira: a da BONDADE . O que você vai me contar é coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho e a fama do próximo? Ajudaria você, se alguém contasse sobre você ?
    Se o que você quer contar for verdade e é coisa BOA, deverá passar ainda pela terceira peneira: a da…

  5. Norberto Ribeiro disse:
    O seu comentário está aguardando moderação.
    3 de março de 2016 às 11:54
    Engraçado, só no Fluminense que as pessoas se transformam em torcedor-contador, fiscal da fazenda, etc, nos outros clubes esta situação não ocorre e parece até que sofremos de uma “ECOLALIA”, as pessoas lêem num lugar e colam e copiam em outro ou repetem como papagaios as coisas. Verdade,mentira, justificado, injustificado, até que ponto é verdade ou mentira???? Existe a parábola das TRÊS…

    1. parábola das TRÊS PENEIRAS ( filósofo Sócrates) , alguém conhece?
      PARÁBOLA DAS 3 PENEIRAS :
      Alguém disse que precisava contar algo. Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:
      – O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?
      – Três peneiras??????
      – Sim. A primeira é a da VERDADE. O que você quer contar sobre os outros é um fato de absoluta verdade ? Caso tenha apenas ouvido contar, a coisa deve morrer por aí mesmo.
      Suponhamos, porém, que seja verdade ABSOLUTA , deve…

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