Começamos o jogo bem ao estilo Oswaldinho, sem pressa.
Até os 12 minutos, o Fortaleza foi onipresente no campo. Muriel fez pelo menos quatro excelentes defesas, impedindo que sofrêssemos, logo de cara, pelo menos dois gols.
Começar o jogo perdendo, provavelmente faria desabar o moral de um já desacreditado time, mas a partir de então, o Fluminense pôs a bola no chão – e qualidade técnica tem para isso – e passou também a levar perigo à meta adversária.
Wellington Nem, João Pedro e Nenê perderam grandes chances, daquelas que não se pode perder, sobretudo num momento tão delicado pelo qual passa o Fluminense.
Muito embora não tenhamos marcado o nosso tento, o Flu deu ao Fortaleza motivos para se preocupar e a sair, com perigo, nos contra-ataques.
Afora falhas demais no posicionamento defensivo, sobretudo nas bolas alçadas sobre a área, e as falhas costumeiras nas conclusões, o primeiro tempo terminou nos dando a sensação de que a vitória seria possível.
No retorno para a segunda etapa, o Fluminense retornou mais bem postado e Zé Ricardo, percebendo que perdia o domínio da partida, mexeu duas vezes aos dez minutos. O fortaleza melhorou, passou a perder oportunidades e exigiu novamente ótimas intervenções de Muriel, que, hoje, fechou o gol e salvou o Tricolor.
Parecia que o jogo se encaminhava para um empate que nos seria desastroso. Eu mesmo, por aqui, xingava Oswaldinho por não ter mexido na equipe.
Mas dessa vez os deuses conspiraram a nosso favor, porque, lá pelos quarenta, Digão se antecipa bem a uma saída de bola do time cearense, toca para Caio Henrique, que, enfim, acertou um cruzamento, e a bola chega a Nenê, que serve caprichosamente a João Pedro, que só teve o trabalho de empurrar para as redes e marcar o gol da esperança Tricolor no campeonato.
Foi uma vitória suada, perseguida e merecida. Oswaldinho, dessa vez, não errou e, embora parecesse que estava conformado com o empate, acreditou nos seus comandados até o fim. Valeu a confiança.
Uma vitória que, em face dos próximos adversários, e da nossa terrível situação no campeonato, foi fundamental. É preciso, contudo, manter o moral elevado para pegar o Palmeiras, errar menos na defesa, acertar mais no ataque e, principalmente, não se acovardar.
Panorama Tricolor
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