A querida Fortaleza, chuvosa e em polvorosa, recebeu o duelo de Tricolores. O Leão do Pici, equipe local diante do maior, o Fluminense, equipe que nasceu na então capital.
O jogo foi morno e sem grandes sobressaltos, embora com intervenções cirúrgicas do árbitro de vídeo, o famigerado VAR, em dois lances decisivos da segunda etapa. Na primeira, no gol de empate do Fortaleza, em que o vídeo retomou a falta no início da jogada, e no que seria o segundo gol do Fluminense, em passe de Wellington para Cano, dentro da área, driblar e marcar, mas anulado, de forma curiosa pelo vídeo-árbitro.
A escalação do Fluminense, repetiu a mesma, torta e sinuosa, que empatou em zero a zero, num muito sem-vontade, com o Unión de Santa Fé. A única diferença foi Marlon no lugar de Mário Pineida na lateral esquerda.
Assim, fomos a campo: Fábio, Yago, Nino, David Braz e Marlon, Wellington, André, Nathan e Ganso, Luiz Henrique e Cano.
Em poucos minutos de jogo, o Fluminense, equipe totalmente acuada, encaixou um contra-ataque mortal, Nathan rompeu a linha que divide o gramado, tocou para Luiz Henrique, que driblou deixando seu marcador no chão e chutou para o aceite do goleiro Max, que chegou a tocar na bola, mas não conseguiu evitar o um a zero, placar inicial e final.
Depois do gol, ainda houveram bons momentos do Fluminense, mas logo sucumbiu ao domínio territorial e técnico da equipe local.
O Fortaleza jogava com uma equipe mista, pois está focado em avançar para as oitavas-de-finais da Libertadores, enquanto o Fluminense ainda não se definiu se vai tentar o improvável contra o Oriente Petrolero, quinta-feira na Bolívia, não pelo Oriente, mas porque no outro confronto, apenas o empate pode ajudar o Fluminense, pois Unión e Junior de Barranquilla, estão na frente do Tricolor na classificação.
O Fluminense apresentou um futebol que mais nos fez lembrar dos treinadores anteriores, Odair Hellmann e Roger Machado, que adoravam jogar por uma bola, sempre muito recuados e atolados, torcendo para dar tudo certo, e hoje deu. Ainda bem, pois os três pontos conquistados foram muito importantes para a sequência. Com eles ficamos a apenas outros três do líder da competição até aqui, o Corinthians, que já soma quatorze.
A se destacar o gesto de humanidade do jogador Moisés do Fortaleza, que em um lance, recebeu bom lançamento e duelava com Nino, que na jogada se lesionou. Moisés então parou para que Nino pudesse receber atenção, deixando até sua própria comissão técnica enfurecida com o ato.
Vencemos, mas o futebol jogado é de lamentar, capaz de fazer crer que se chegarmos a algum lugar, será por meio dos acasos e não pelos processos. No próximo domingo tem Fla x Flu, o que deve realimentar alguns desejos ocultos nos jogadores, comissão e torcida. A ver.