Fluminense x Fluminense (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, o maior desafio do atual Fluminense é vencer a si mesmo. É o Fluminense de um elenco ajustado, rejuvenescido e fortalecido, que já foi, recentemente, apontado pela crônica esportiva como o melhor futebol do continente, contra o Fluminense das escolhas incompreensíveis, principal traço da já enraizada cultura de “correr para não chegar”.

É muito curioso que nas duas últimas partidas do Campeonato Brasileiro Fernando Diniz tenha poupado os mesmos quatro jogadores: Lima, Keno, Ganso e Felipe Melo. O que esses jogadores têm em comum? São os mais contestados, por justa razão, nas últimas semanas. É difícil acreditar que Diniz os estivesse poupando do risco de desgaste ou lesão, quando vimos Samuel Xavier, Jhon Arias e Cano em campo.

Ironicamente, a entrada de Lima no intervalo do jogo, no lugar de Leo Fernández, fez a equipe subir de produção e colocar o Palmeiras na roda durante meia hora, até o soprador de apito usar de extremo rigor para expulsar Lelê por ter finalizado em posição ilegal após o apito. Deu-lhe o segundo cartão amarelo após espetáculo à parte de Weverton, goleiro do Palmeiras. A encenação do guarda-metas palmeirense foi digna de indicação para o Oscar.

A partir de então, o Fluminense teve que se entrincheirar para tirar a velocidade do jogo e proteger sua área, o que fez sem muita eficiência, haja vista o Palmeiras ter conseguido levar perigo em três bolas aéreas, sendo que a última se transformou no gol único dos paulistas. Final: Fluzão 2 a 1.

Destaque para JK, que sofreu o pênalti no primeiro gol e marcou o segundo em jogada construída por ele mesmo. Talvez seja o momento de apostar no moleque de Xerém fazendo dupla com Cano.

Diniz escalou um time leve e muito técnico para enfrentar o Palmeiras, mas com baixo poder de combate físico no meio de campo, de modo que até abrimos a contagem com menos de 15 minutos de jogo, mas foi a partir de então que sucumbimos e fomos dominados até o final da primeira etapa. A entrada de Lima no lugar de Leo no intervalo corrigiu esse erro.

Resta-nos saber qual Fluminense entrará em campo na partida desta terça-feira. É o jogo mais crítico do ano, porque envolve a classificação para as quartas da Libertadores, nos deixando a cinco jogos do título continental. Uma derrota, porém, tem tudo para transformar o ano de 2023 num retumbante fracasso para o Fluminense, já que, apesar da rodada favorável no fim de semana, a distância para o Botafogo ainda é de 13 pontos.

Saudações Tricolores!

1 Comments

  1. Ufa, nos classificamos na Libertadores, mas não foi um jogo fácil. Não gosto do John Kenedy, mas ele tem funcionado. Se parar se simular que levou falta, marcar mais a saída de bola do adversário e ser mais inteligente tem tudo para jogar ao lado do Cano ou no seu lugar, já que não vive um bom momento.
    Que partida ruim do André. Será que está com a cabeça na Europa?
    Queria que o Diniz só colocasse o Lima como última opção. Gostaria de ver o time para o próximo jogo do brasileiro assim:
    Fábio,
    Samuel, Nino, Marlon, Diogo ou Marcelo
    André, Daniel, Ganso,
    Árias,
    Cano(ou Kenedy) e Gonzales(ou Leo)

    S.T.
    Fernando

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