Fluminense 2 x 0 Ponte Preta (por Felipe Fleury)

PROCESSO PARA DESTRUIR O LIVRO “DUAS VEZES NO CÉU”

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Ufa! Talvez seja esta a melhor interjeição a definir o sentimento de alívio do torcedor Tricolor por se ver definitivamente livre do rebaixamento. Não só do torcedor, mas de Abel e de seus jogadores, cujas cenas de emoção explícita ao fim da partida, como as de Dourado e Marco Junio, por exemplo, revelam que estavam todos comprometidos pelo Fluminense, o que deve ser reconhecido e respeitado pelo torcedor.

A salvação Tricolor só não exonera de responsabilidade um único personagem: o presidente Abad, que se desejar ter um ano de 2018 mais tranquilo precisará dar ao Fluminense a devida importância ao seu futebol. Ninguém, certamente nem ele mesmo, aguenta mais um ano de decepções e luta contra o rebaixamento. Ou o Flu mostra através de ações concretas que tudo será diferente, ou Abad corre o risco de não terminar seu mandato.

O primeiro tempo Tricolor foi bem a cara de um time que precisa vencer, mas não sabe como. Apesar de jogar em casa, não soube pressionar o adversário e só chegou à frente através de insistentes e improdutivos chutões para o seu atacante isolado, Henrique Dourado. Típico de uma equipe que não possui jogadas treinadas. Em alguns poucos momentos conseguiu se desvencilhar da marcação adversária, como numa falta sofrida por Marcos Junio bem próxima à área, que Scarpa desperdiçou com uma péssima cobrança. Aos 22’, Dourado fez boa jogada e chutou cruzado, bola que passou à frente de Lucas, que se esticou, mas não a alcançou, perdendo boa oportunidade.

A Ponte Preta teve um jogador expulso aos 30’, mas nem a superioridade numérica fez o Flu parecer ser uma equipe que lutava contra o rebaixamento. Permaneceu sem opções ofensivas, basicamente utilizando-se dos chutões para frente e de um lateral esquerdo que não sabe cruzar. Pela direita foi outra nulidade. Aranha não fez nenhuma defesa importante, e o mais perigoso chute a gol do Flu foi desferido por Sornoza, bola que passou com perigo sobre o travessão. Logo depois, finalizou outra vez, mas sem tanto perigo. Aliás, Sornoza foi o melhor do Tricolor na primeira etapa, que foi o retrato de dois times que lutam contra o rebaixamento no Brasileirão.

Para o segundo tempo, Abel mudou o perfil da equipe trocando Marlon Freitas por Matheus Alessandro. Com isso, desengessou o Flu, retirando-o do ostracismo e da inépcia do primeiro tempo. Pode-se dizer que o moleque contagiou o time com a sua disposição dentro de campo, tanto pela direita como pela esquerda. É claro que a Ponte sentiu bem mais a ausência de um jogador, mas mesmo assim foi quem começou assustando, aos três minutos, com chute de Léo que passou perto do gol de Cavalieri. Mas a partir daí só deu Flu. Aos 6`, Scarpa – que como todo o time melhorou muito na segunda etapa – cruzou bem e Matheus Alessandro entrou livre para cabecear no pé da trave esquerda de Aranha. No rebote, Marco Junio tocou no canto para o goleiro da macaca fazer excelente defesa.

O gol amadurecia, e aos 14’, chorado como tinha que ser, após cobrança de escanteio, Douglas marcou o gol Tricolor, o que deixou o jogo ainda mais à feição para o Fluminense. Aos 26’, Dourado após excelente jogada, quase faz um gol de placa, impedido pelo bom Aranha. No escanteio seguinte ao lance, a bola sobrou para Marco Junio, que matou no peito e emendou com categoria para o gol, por cobertura, e só não marcou porque o zagueiro pontepretano salvou de cabeça em cima da linha, quando Aranha já estava batido. O um a zero era um placar perigoso, embora a Ponte não tivesse muitas forças para reagir, mas Dourado, quando já estava para ser substituído, aproveitou o rebote de um belíssimo chute de Scarpa no travessão para vencer Aranha mais uma vez.

Dois a zero Flu. Permanência na série A garantida. Não era para ser assim, e a torcida deixou isso bem claro no intervalo e ao fim da partida ao injuriar o Presidente a plenos pulmões. Não era para ser assim, repito. Que o ano de 2018 seja muito diferente e o futebol do Fluminense tenha a prioridade que não teve este ano.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @FFleury

Imagem: pf2

3 Comments

  1. Volta, Mário! Sem Arthur, Danilinho, Willian Matheus, Giovanni e Wellinton Paulista o Fluminense não é ninguem! Volta, Nova Iguaçu!

  2. ST**** Felipe.

    O que me assustou foi o Abel tirar quem realmente briga todos os jogos e que luta pela artilharia faltando 5′ para acabar o jogo…

    Queremos ou não queremos o artilheiro do campeonato?

    Desistir disso é desistir de gol. É defender 1 a 0 no sufoco.

    E passar a vida levando gol no fim.

    Depois é declaração desconectada na imprensa…

    Foi por acaso que o H9 estava em campo. Não foi por Abel.

    Mais uma excelente crônica. Parabéns.

    #foraAbad

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