Incrivelmente, o Fluminense conseguiu, depois de um essencial triunfo sobre o Flamengo, realizar um dos piores vexames em toda a sua história. E quem quiser normalizá-lo, sinceramente, está fora de si – ou não é tricolor.
Os fatores são muitos. Um revés como este evidencia todo o esgoto que é a política do Fluminense – medieval, é bom que se diga -, desde o desprezo ao estádio das Laranjeiras ao péssimo trabalho feito com as jóias de Xerém, passando pelos interesses de pessoas incluídas no clube que sequer estão importando-se com o que acontece em campo.
Fomos goleados e não houve UMA explicação convincente sobre o episódio. Isso tem nome: covardia, em sua mais profunda plenitude.
Afinal, o Fluminense brigar para obter uma vaga no G8, ser comparado a Bragantino e Bahia e ficar anos sem ganhar um clássico é normal, né? Perder de 5 a 0, caminhar a nove anos sem títulos de expressão e não ter, desde 2014, um patrocínio decente, também? Vender revelações à preço de banana? Contratar atacantes sem dez gols na vida?
Só de pensar que esse é o pensamento de muita gente, dentro e fora do clube, fico com arrepios. Isso tudo é uma afronta à história do Fluminense, de um clube centenário o qual é responsável pelo início do futebol no RJ, maior paixão dos cariocas e dos brasileiros.
De todas as lições, não há nenhuma maior que essa:
Somos maiores do que isso, venceremos isso. Esse filme de terror que o Fluminense vive acabará. Quem tem vocação para a eternidade, como profetizou Nelson Rodrigues, com certeza é capaz de vencer picuinhas, interesses e as mais absurdas atrocidades que possam vir acontecer.
Não há de ser coletivas e entrevistas vergonhosas nem atuações ridículas como a última que farão destruir o que é o Fluminense. O que ele é e sempre será para o futebol e para a sociedade.
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“Se a vitória no Fla-Flu for realmente um bom presságio para quarta-feira e o resto do ano, preparam-se, meus caros: são as quatro linhas abrindo alas para a força da camisa tricolor.”
Acima, um trecho da minha última coluna neste PANORAMA. Pois é, tristemente, a vitória não foi um bom presságio.
Foi apenas mais uma migalha dada à torcida pelos que a desprezam. O nosso dever, enquanto integrantes dela, é não se contentar com esse tipo de situação. Com falas que remetem à pequenez, como em entrevistas ou gestos, idem.
Não basta vencer de forma fantástica um clássico e ser goleado na rodada seguinte: é preciso ser fantástico sempre. VENCER SEMPRE.
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Ganhar o Sport: obrigação deste final de semana.
Melhora em campo: obrigação.
LIBERTADORES: obrigação.
HONRAR AS TRÊS CORES: obrigação eterna, dentro e fora dos gramados.
Saudações tricolores.