Fluminense x São Paulo: muitas histórias (por Claudia Barros)

Vem aí mais um encontro de tricolores. São Paulo e Fluminense é um clássico nacional quase centenário, sobre o qual muitas histórias já se firmaram.

Histórias e pessoas. Fatos e feitos.

Pessoas como Telê Santana e Muricy Ramalho, ídolo e técnico campeão brasileiro, respectivamente, pelo Fluminense.

Telê foi um dos maiores artilheiros da história do Flu e se tornou o treinador mais idolatrado da torcida são-paulina.

Muricy, jogador e técnico consagrado no São Paulo, tricampeão brasileiro pelo clube, tornou-se o treinador responsável pelo Tricampeonato Brasileiro do Fluminense, em 2010. O Flu conquistava com ele, após 26 anos, um campeonato nacional.

Histórias como a inesquecível semifinal da Libertadores 2008, com a épica atuação tricolor no Maracanã. Pelas quartas de final daquele ano, o Flu fez um dos jogos mais emocionantes que o torcedor tricolor já viu, no 3 x 1 no Maracanã, com gol de cabeça de “Washington Coração Valente”, imortalizado nos corações tricolores desde então.

Já em 2012 outro jogo marcante entre os tricolores, pelo menos na minha vida. Fui a São Paulo, numa viagem de lazer que incluía a ida ao Morumbi. Era a 34ª rodada do Brasileirão e o Fluminense empolgava a torcida, que sonhava com mais um título nacional.

Com o Morumbi cheio, mais de 54 mil pagantes, foi um jogo de muita marcação e poucos gols. Para o São Paulo, marcou Luis Fabiano. Para o Flu, marcou Fred. E o resultado foi 1 a 1.
O Fluminense saiu do Morumbi com a possibilidade de ser campeão brasileiro já no próximo confronto contra o Palmeiras, caso houvesse uma combinação específica de resultados. E de fato houve. No jogo seguinte, o Flu botou no nosso peito estufado de orgulho, amor e emoção a faixa de campeão brasileiro de 2012.

O Flu, que jogou aquela partida com o belíssimo uniforme grená com escudo dourado, tinha o melhor elenco do Brasil. Nomes como Deco, Rafael Sobis e Fred brilhavam nos gramados. Abel Braga vivia um grande momento da carreira.

Agora, pela 25ª rodada do Brasileirão 2024, o Flu recebe, em casa, o São Paulo que ocupa a quinta posição na tabela do campeonato.
O time do técnico argentino Luis Zubeldía parece mais focado na Copa do Brasil, mas não nos iludamos com o elenco que conta com Lucas Moura em grande retorno ao Brasil, além dos perigoso Calleri e nosso ex-amor, Luciano (contém alguma ironia…).

O Flu, por sua vez, deve vir com força máxima. Mas não é isso que colore nossas páginas nos últimos dias, senão as novidades do mercado.

Chega para se juntar ao elenco mais latino-americano que o Fluminense já teve, o lateral-esquerdo colombiano, Gabriel Fuentes.
Surge, como diz meu sobrinho, “do nada”, o volante Victor Hugo, jogador completamente desconhecido da torcida e que, segundo a imprensa, foi indicado para compor o elenco pelo técnico Mano Menezes. Tá certinho! Quem tem que indicar jogador é o técnico. Resta saber se constituirá erro ou acerto.

E, por fim, sai do Flu o nosso André. Necessitando de dinheiro para ser gasto mal, porcamente e nebulosamente, o Fluminense faz uma venda com valor considerável e nos deixa com a sensação de que a gente continua gastando mais do que ganha, enxugando gelo e se desfazendo dos patrimônios de casa.
Vá, André. Seja feliz e muito obrigada! Estaremos na torcida por você.

E assim, São Paulo e Fluminense, um clássico de respeito, gera expectativas, mexe com a torcida e traz à tona, quase um século de puro suco da história.

Que vença o Flu!