Fluminense, um companheiro de vida (por Paulo Rocha)

O Fluminense Football Club completa 120 de existência nesta quinta-feira, mas está na minha vida desde sempre. Filho de pai tricolor, herdei esse amor ainda no berço. Criança pequena, brincava nos jardins do Maracanã sem ainda ter noção de que, ali, era a verdadeira casa daquela que seria minha grande paixão – uma das maiores de minha vida, é justo dizer.

Ainda moleque, fui morar no bairro das Laranjeiras. Então, a relação solidificou-se ainda mais com a frequência ao clube, nos treinos aos quais assistia, estrelados por craques imortais, nas peladas nas quadras, nos banhos nas piscinas do belíssimo parque aquático, no Sorvete Dançante das tardes de domingo… Sim amigos, o Fluminense para mim é mais do que somente futebol.
No decorrer da minha jornada, tive oportunidade de frequentar nossa sede também como profissional, repórter que me tornei. Desfrutar a sensação de fazer parte daquele universo que povoou meus sonhos de juventude. Entrevistar ídolos, conhecer ícones. Ser chamado pelo nome por muitos deles. Ser acolhido, afinal, mesmo com a obrigação da imparcialidade, amor é uma coisa que não é possível disfarçar. Nem esconder.

As emoções vividas nos estádios, na arquibancada, na geral, na tribuna de imprensa… Múltiplas e inesquecíveis. Sofrimento visceral, ah, também rolou. Faz parte. Mas no cômputo geral, as alegrias sobrepujaram. Não poderia ser de outra forma. Só quem partilha desse sentimento consegue compreender o que sinto.

Portanto, parabéns Fluminense, pelos seus 120 anos. Sinto-me na obrigação de transmitir ao meu filho (e graças a Deus, consigo), todo o amor e a fidelidade que lhe devoto. Obrigado por ter dado este sentido especial à minha existência. Por ter sido esse companheiro de jornada tão importante. Mesmo em outro plano existencial, quando for a hora, continuarás pulsando forte em meu coração.