A noite das noites.
O Fluminense precisando de dois gols para bater o poderoso São Paulo e, consequentemente, avançar às semifinais da Copa Libertadores de 2008.
Maracanã lotado, corações a mil.
Logo Washington faria 1 a 0 e uma das comemorações mais vibrantes da história tricolor.
A forte equipe do Morumbi empatou pouco tempo, mas nem teve tempo de comemorar: Dodô restabeleceu a vantagem, ele que dava seu último grande voo naquele semestre, com jogadas e gols fantásticos.
Intervalo, segundo tempo, tensão, as vidas por um triz, ameaças de infarto e o Fluminense lutava, lutava, lutava. Nada de gol, nada de vaga. Pressão.
A história já estava escrita antes, nós é que não sabíamos.
Nos acréscimos, ninguém arredava pé do Maracanã e a torcida são-paulina comemorava a classificação, mas sem berros a plenos pulmões. Em futebol certas situações são sempre de se desconfiar.
Um escanteio pela direita, a bola derradeira. Thiago Neves, no auge de sua carreira, acertou uma cobrança em curva. A finalização coube a Washington: uma cabeçada que mais pareceu um tiro de canhão no ângulo direito de Rogério Ceni. Nos segundos seguintes, o velho estádio veio abaixo em lágrimas, risos, gritos e a celebração de um dos maiores momentos que lá vivemos. Quem morreu nesse dia, nasceu de novo e comemorou como nunca. O Fluminense estava então credenciado a encarar o imortal Boca Juniors nas semifinais da Libertadores.
Os leigos em futebol podem dizer que se tratava apenas de uma partida de classificação. Ledo engano: naquela noite de 21 de maio, o Flu não estava apenas disputando uma vaga, mas sim enfrentando em condições adversas nada menos do que um time tricampeão mundial. E venceu. Não seríamos campeões porque o futebol nem sempre premia a melhor equipe, mas o gol de Washington no apagar das luzes está no mesmo Olimpo de outros momentos apoteóticos, tais como Assis 1983 e 1984, mais Renato 1995 – causou a mesma emoção, arrepiou da cabeça aos pés e mostrou ao mundo o tamanho do Fluminense. Quem lá esteve ou viu, há de entender o que é o beijo de amor na última cena do último capítulo.
Morte? Oito anos depois, tudo está vivo demais. E permanece.
Em memória de Helio Andel (17/04/1941-21/05/2008)
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @pauloandel
Imagem: rap
Momentos inesquecíveis!
Lembrei desse jogo na quarta feira assistindo o jogo do ato mineiro e sao Paulo, só o Flu mesmo.
Lembro que trabalhei e “assisti” na latinha colm fone, já voltando no ônibus, gritei e pulei feito doido, as pessoas me olhavam e não entendiam.
ST