Amigos, amigas, a mentira nos aprisiona, a verdade nos liberta. O caso Miguel, no meu entendimento, é só mais um crime de lesa pátria contra o Fluminense Football Club.
Em meio a tanta boataria envolvendo o caso, só há duas coisas comprovadamente verdadeiras.
1 – Miguel, em maio de 2019, renovou o contrato com o Fluminense, ainda na gestão Abad (em um dos seus últimos atos), até julho de 2022, portanto por três anos;
2 – Desde então, mesmo tendo mostrado seu enorme potencial, o atleta vem sendo boicotado pelos treinadores que passaram pelo clube.
O primeiro fato é preto no branco, não há quem possa negar. Mostra o interesse do atleta em atuar pelo clube que o revelou.
No caso do segundo item, é preciso um pouco mais de perspicácia, embora não muita, para perceber a verdade dos fatos.
Uma das sórdidas alegações para a perseguição ao atleta é a iminência do fim do seu contrato, em julho de 2022. Uma alegação típica de manipuladores encastelados nas redes sociais, sabe-se lá com que propósitos.
Alegam que os representantes do atleta esperam janeiro do ano que vem para assinar contrato com outro clube e o mesmo sair de graça. Ora, se fosse assim, por que então Miguel renovou o contrato em julho de 2019?
Com mais três anos de contrato e futebol de sobra, Miguel, desde então, poderia ter conquistado espaço no time titular, brilhado e – quem sabe? – rendido uma fortuna ao clube com uma transferência para a Europa.
Percebam que a situação é gravíssima. Há uma engrenagem em plena atuação que produz situações nas quais o grande prejudicado é sempre o Fluminense.
Se o atleta e seus representantes buscam formas de desvincular o atleta do clube é porque compartilham da mesma indignação que todos nós, verdadeiros tricolores, vivenciamos, vendo um ativo valiosíssimo sendo queimado à base de mentiras e covardia.
Eu sempre tenho dito que a fórmula magistral de julgar intenções é o que as ações delas decorrentes produzem.
Desde que Mário Bittencourt assumiu o Fluminense, perdemos Evanilson para a Tombense de Eduardo Uram. Ainda servimos de vitrine para o atleta que era nosso, recebendo uma parte mínima numa transação que era óbvia, devido ao talento do atleta.
Perdemos Marcos Paulo, que começava a despontar nos titulares em meados de 2019, faltando dois anos para a conclusão de seu contrato. O Fluminense tinha dois anos para propor uma renovação ou vender o atleta. Não fez uma coisa nem outra. Recusou propostas e não renovou. O jogador está saindo de graça do clube.
Ainda em 2019, tínhamos Leandro Spadacio comendo a bola no Sub-20, sendo o grande destaque numa posição em que se encaixaria como uma luva no time profissional, que terminou o ano fazendo, na mesma posição, o revezamento entre Lucca e Caio paulista, ora vejam!
Saiu para o futebol do Oriente Médio pelo preço de uma mariola e duas balas Juquinha, com um pirulito zorro de plus.
Eu queria que as amigas e os amigos fizessem um exercício de matemática com base num cenário em que esses jogadores houvessem ou estivessem sendo vendidos pelo seu real valor no mercado internacional.
Somem aí Spadacio, Miguel, Marcos Paulo e Evanilson. Sabe qual seria a soma da venda desses jogadores (e olha que nem estou falando de resultado esportivo)? A soma da venda desses jogadores seria o Fluminense pagar pelo menos metade da sua dívida, vendo-se livre das execuções judiciais, conseguindo suas CNDs, pulverizando a dívida de curto prazo e gerando um ciclo positivo no fluxo de caixa.
E essa escumalha que vive dizendo que o Mário está resolvendo o problema financeiro do clube? O que diz disso? Vendendo a conta do chá, para pagar a conta do chá, para continuar vendendo na conta do chá, para continuar aumentando despesas com um elenco sub-40?
É só o Fluminense que perde nessa história. O que essa gestão e seus cúmplices estão fazendo é dinamitar a porta de saída. Nós jogamos fora mais de R$ 400 milhões nessa brincadeira e estamos pulverizando nossos ativos da base, até não nos sobrar mais nada.
Até mesmo quando o jogador rende alguma coisa ao Fluminense a gente sente uma dor no peito. Caso Kayky? Quanto vale o Neymar lá na Europa? Talvez o equivalente a uns R$ 400 milhões? Quanto vale um jogador que é apontado pela imprensa internacional como o futuro Neymar, com dez anos de idade a menos?
Por quanto nós vendemos?
“Ah, mas o jogador não queria renovar o contrato.”
Sai pra lá com essa desculpa esfarrapada, que já deu!
Não é só isso. Tem o caso do César, lateral-esquerdo, que foi evadido do clube, para ficarmos com Egídio e Danilo Barcelos.
Eu não vou nem falar mais nada. Para o bom entendedor o pingo é letra. Para o mau entendedor, dezenas de evidências.
Ou nós tiramos essa cambada da direção do Fluminense para ontem, ou faremos companhia a Vasco, Botafogo e Cruzeiro muito mais rápido do que qualquer um possa imaginar.
A situação é gravíssima! Com base nos únicos fatos incontestáveis dessa história, Miguel tem todo meu apoio, porque o que essa cambada está fazendo com esse rapaz e com o Fluminense é digno de repulsa.
Vai lá, moleque, foge desse inferno, desse buraco negro onde a verdade se perdeu e a paixão de nossas vidas agoniza, mesmo sem que milhões de devotos percebam.
Saudações Tricolores!
Sempre li suas crônicas desde o tempo do outro site e sempre gostei da forma que você analisava tudo sobre o Fluminense.
Mas ultimamente tenho percebido um certo exagero em alguns posicionamentos.
Não existe unanimidade em nada no mundo, não seria aqui que teríamos. Agora, algumas colocações em torno deste caso sem ter total ciência dos fatos se torna perseguição, tal qual afirma haver com o Miguel.
Em todas suas últimas postagens só há críticas desenfreadas. Era muito melhor quando havia um discurso otimista, mostrando opções e dizendo que seriamos campeões brasileiros.
Sem estarmos…