Uma final pra jamais esquecer
Depois de 2008 eu tive a fraqueza de pensar que o Fluminense não alcançaria o título da Libertadores. Tolice da minha parte, acontece com a espécie humana.
Quis o destino e o Universo conspirou a favor para que quinze anos depois eu tivesse o privilégio de ver o meu Fluminense ser CAMPEÃO da Libertadores, dentro do Palácio do futebol que é o Maracanã. Que emoção! Que vibração! Quanta resiliência.
O Fluminense construiu o seu título desde o primeiro jogo na fase de grupos; começou avassalador nos três primeiros jogos mas oscilou um pouco nos três últimos. Chegando no mata-mata, se impôs com méritos no Argentinos Jrs, foi extremamente lúcido contra o Olímpia, ressurgiu das cinzas contra um bravo Internacional e guerreiro contra o Boca Juniors, uma final épica e inesquecível.
Nunca vou me esquecer desse dia que até agora não terminou. Domingo fiquei doente, não sei se era emoção ou ressaca.
Obrigado a esse time que desde pequeno me enche de alegria. Diniz, J. Kennedy, Cano, Árias, Fabio, Marcelo, Nino, Samuel Xavier, Ganso, Lima, André, Martinelli. Obrigado por me encantarem de novo por futebol.
Tenho uma relação complicada com o esporte. Já fui muito fervoroso. Aos 12 anos fiquei sem comer ou sair do quarto quando o Fluminense perdeu pro Santos na semifinal do Brasileirão, porém naquele mesmo ano eu vi o mítico gol de barriga. E às vezes fico muito tempo desencantado, escolhendo não ver, achando que é tudo regulado pela grana. E penso que não faz sentido colocar o coração nisso. Até que surge um time como esse e você tem doze anos de idade de novo, com o coração em campo, e parece que a sua vida depende disso.
Orgulho de ser Tricolor.