Quase não deu tempo de chegar ao Maracanã para ver o espetáculo, pois foi dia de decisão na Copa Rio de Sevens, lá em Queimados, no simpático Queimados Futebol Clube, na Baixada Fluminense.
Após um quase ‘rond de jambe à terre’, após ir até a Glória e ‘volver, con la frente marchita’ parti para o Maracanã buscar mais três pontos na campanha de mais uma campanha digna no Brasileirão.
Paulo me contou o que eu apenas ouvi no rádio, o como foi o gol de Caio Paulista (perdi esse eclipse), no que sentenciou: foi a lá Paulo Cezar Caju, na entradinha da área em diagonal, cruzando e rompendo a linha que rompe o silêncio que precede o gol. Tudo após mais uma grande jogada dinizista com açúcar, com afeto.
O segundo saiu também de jogada construtivista, com a bola circulando nos pés dos que sabem dar tratos a ela. Cano que um chuta-chuta, resolveu prender, olhar e soltar, retribuindo tantos carinhos ao companheiro Arias, que impôs à bola o itinerário subjacente ao goleiro Rafael William.
O primeiro tempo ainda contou com outras belas jogadas, mas que preguiçosamente não terminaram em gol. Concordamos, eu, Andel, Maurício, Kleber, Rodrigo e Luciano, que mais gols nos daria mais tranquilidade para descansar o grupo.
No segundo tempo, nossa equipe passou a jogar em ritmo de festa, de treino ou de coletivo. Diniz promoveu Martinelli e Marrony nos lugares de Nonato e Arias. O Coritiba, que poderia muito bem se chamar Curityba, nos surpreendeu, em um contra-ataque proporcionado pela perda da posse de Caio no ataque. A bola foi lançada para Alef Manga (ele entrou no pacote de medidas de Guto Ferreira), que conduziu e deu um belo chute, para as redes, reduzindo o babado para dois a um.
O Tricolor não se abateu; ao contrário, foi buscar mais e buscou. Em uma bela falta cobrada, mas também aceita pelo goleiro do Coxa, Nathan devolveu a diferença em dois gols. Fazia tempo que eu não via um gol direto de falta feito pelo Fluminense.
Pouco tempo depois, os despejados pelo Palmeiras entraram em comboio no Flu: Willian Bigode e Felipe Melo entraram nas vagas de Cano e Nathan. Seria difícil ficar impune por muito tempo. A torcida em vez de latir apupou com gosto o ex-jogador, ex-canino, extenuado Ruf Ruf.
Ele, sempre ele, fez falta na entrada da área, e como castigo pouco é bobagem, Egídio marcou também de falta, contando com ajuda do Fábio para que a bola encontrasse as redes, diminuiu para três a dois o marcador, que agora fica nos telões altivos no Maracanã.
A torcida, enquanto descia vaia no aposentado e também no Caio, exigiu a entrada de Michel Araujo, cantando em uníssono. E Diniz, que não pode mais disfarçar, o colocou em campo. O uruguaio precisou de apenas sete minutos para dar duas assistências, uma afundando na esquerda, dentro da área e cruzando para a batida de Willian. E nos último instante de acréscimo, cobrou falta como quem faz um passe com as mãos para que Willian, sim, de novo ele, fechasse em cinco a dois e evidenciasse o que a torcida já sabe: não tem mais como contar com Felipe Melo e preterir Michel e outros jovens. Willian, jogando parcos minutos, contra equipes em E.Q.M. (experiência de quase morte) e de ‘falso nove’ no lugar do Cano, pode render uma coisa ou duas.
Agora é esperar a quarta-feira chegar, mas antes, voltemos à idade das trevas, em que temos de trocar ingressos comprados por meio virtual, pagos por meio virtual, agendado por meio virtual, em algum local geográfico determinado pelo clube, por outro ingresso impresso com selo de aprovação. Tudo isso – segundo Bibi – por exigências da Polícia Militar, a mesma que faz vista grossa às vendas ilegais por cambistas nos arredores do estádio. A Farra dos Ingressos continua Forte!