Fluminense e Bonsucesso em Volta Redonda.
O tricolor jogou pela tranquilidade que ainda não havia acontecido nesse início da temporada. Nos dois jogos da Flórida Cup conseguiu um empate, a estréia na Primeira Liga foi com derrota, assim como na estréia do Campeonato Fluminense de Futebol.
Ao todo, são quatro jogos em 2016, com apenas um ponto em 12 disputados. Sim, para o Fluminense, todo jogo vale ponto. Tem que jogar pra vencer em todas as vezes que entrar em campo e vestir essa camisa. Em qualquer categoria e esporte.
Mas não é o que tem parecido. O time, desde o segundo turno do Campeonato Brasileiro do ano passado, se acostumou a perder. Pior, não se comove mais com a derrota. Empatou? Tá tudo certo. Perdeu? Tudo bem também.
E o adversário não poderia ser mais apropriado para proporcionar tal tranquilidade. O Bonsucesso entrou em campo com apenas 6 jogadores no banco, pois teve dificuldade de regularizar todos os atletas de seu elenco em tempo hábil. A informação que tive, foi que jogaram a primeira partida com 8 jogadores irregulares. Se perderem os pontos os “jornalistas” irão cobrar “o resultado de campo”.
Em uma luta que levava a acreditar que seria como a de Davi e Golias, o Fluminense foi pra cima do seu oponente. Precisava ter um pouco dessa tal tranquilidade tão necessária para Eduardo Batista dar prosseguimento ao trabalho.
O Fluminense foi a campo com Diego Cavalieri, Wellington Silva, Renato Chaves, Marlon e Giovanni; Pierre, Douglas, Gustavo Scarpa, Cícero e Daniel; Fred. O banco iniciou com Julio Cesar, Jonathan, Gum, Edson, Osvaldo, Magno Alves e Marcos Junior.
Aos três minutos, em uma cobrança de tiro de meta errada, Wellington Silva roubou a bola e entrou na cara do goleiro. O lance foi anulado pois a bola não havia saído da grande área, como determina a regra.
Em uma bola rolada para trás, como todo atacante gosta, Fred chutou de primeira por cima do gol, aos 14 minutos.
Com 22 minutos foi feito um cruzamento para a marca do pênalti. Fred subiu, mas a bola foi um pouco mais alta e a cabeçada foi por cima do gol. Cícero vinha em uma melhor posição, mas Fred não o viu.
Na pausa para a hidratação, a impressão é que bastaria tranquilidade e capricho que a primeira vitória viria. Mas, a medida que o tempo passava o time ficava mais intranquilo até essa etapa do jogo.
Aos 32 minutos um forte chute de fora da área. Scarpa tentou de longe, obrigando ao goleiro fazer uma bela defesa.
Mas o gol finalmente veio, aos 34 minutos. Pierre fez um cruzamento melhor que qualquer um dos nossos laterais conseguiria. Fred, por trás do zagueiro, dominou no peito e deu um toque para o gol, tirando do goleiro e fez o 1 a 0.
O time do Bonsucesso estava tão intranquilo que, em um lançamento errado do Fluminense, que iria longe do gol, o defensor deu uma cabeçada contra o patrimônio e quase fez contra.
Aos 42 minutos, em um cruzamento pela direita de ataque, Cícero tentou finalizar mas estava desequilibrado. A bola sobrou na área e ninguém chegou.
E a primeira etapa terminou com nossa vitória parcial.
Pela fragilidade do adversário e pela tranquilidade da vitória no primeiro tempo, era questão de tempo para pintar uma goleada.
Com menos de um minuto de segundo tempo, ela começou a acontecer. Giovanni cruzou para trás, encontrando o Scarpa, sem goleiro pela frente, mas com dois zagueiros pelo caminho. Ele chutou rasteiro fazendo o 2 a 0 no placar.
Mas a equipe suburbana não estava morta. Aos sete minutos, um cruzamento entre nossa defesa, Dudu cabeceou com perigo. Cavalieri torceu para a bola sair.
E o gol que sepultou qualquer possibilidade de sustos veio já aos nove minutos. Scarpa lançou Wellington Silva que cruzou. O goleiro espalmou nos pés do Cícero, que apenas empurrou para as redes vazias. Com o 3 a 0, agora o objetivo era entrosar mais o time e fazer o maior número de gols possíveis, importante para o saldo.
Aos 15 minutos, Gustavo Scarpa deu lugar à entrada do Marcos Júnior. A ordem era ir pra cima.
Com 18 minutos a bola sobrou para Fred que, desequilibrado, não conseguiu um bom chute. A bola veio atrás dele, que teve que esperar, arrumar o corpo e chutar com a bola muito próxima dele. O goleiro espalmou sem grande dificuldade.
Aos 21 minutos Giovanni deu lugar a Jonathan,
Wellington Silva foi lançado na linha de fundo, em um lindo lance do Danielzinho, e cruzou no segundo pau. Atrás da zaga estava Fred, que esperou a bola descer e pego de primeira, no ângulo. Com o gol de Fred, fazendo seu segundo e o 4 a 0 no jogo, tudo virou festa.
O gol do Fred foi o de número 164 com a camisa tricolor, igualando o feito de Telê Santana, como quarto maior artilheiro da história do Fluminense. Hércules, o terceiro, tem 165.
Com 31 minutos Danielzinho saiu para a entrada de Osvaldo. Foi aplaudido quando deixou o gramado, tanto pela torcida, quando por sua família, toda tricolor, que estava devidamente uniformizada nas arquibancadas.
O Fluminense vinha pra cima e tudo o que se construiu para tornar o jogo fácil, ficou ainda melhor. Ailton fez falta dura em Wellington Silva e recebeu o segundo cartão amarelo, sendo expulso de campo.
Até que, aos 40 minutos, o Bonsucesso chegou com grande perigo. Jonathan, rabiscou a defesa e chutou forte. A bola pegou na trave, que ficou tremendo por 10 minutos, tamanha força.
Depois do susto o tricolor começou a tocar bola no campo de ataque, buscando espaço para fazer o quinto, mas sem muita efetividade. Algo como “eu estou aqui, se a zaga bobear, faço mais um. Senão, ganho tempo aqui no ataque”.
Douglas fez falta aos 44, recebendo cartão amarelo.
E a partida, que terminou mostrando mais a fragilidade do adversário do que os méritos do Fluminense, pelo menos deixa o time mais tranquilo e calmo para a próxima partida contra o Madureira, na quinta feira, dia 11, as 17h.
Panorama Tricolor
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Imagem: lb/pra
Fez o dever de casa, mas lembrou bem a cabeçada rente e a bola na trave do Cavalieri.
ST