ENTRANDO EM CAMPO…
Depois de uma partida muito ruim de Gum pela Copa do Brasil, o zagueiro está suspenso e descansa na rodada do Brasileiro. Renato Chaves tem sido sempre o escolhido para substituir um dos dois titulares e tem atuado bem. No meio, a dúvida seria entre a manutenção de Marquinho ou a volta de Marco Junior, mas Levir escolheu Pierre. Vai entender…
O JOGO
O Fluminense começou com a marcação bastante adiantada e forçando o jogo pelos lados do campo: Wellington pela esquerda e Gustavo Scarpa pela direita. Ambos criavam perigo à zaga do Figueirense. Aos 13’1ºT, Wellington arrancou, driblou na corrida e cruzou na cabeça de Gustavo Scarpa. 1 x 0. O tricolor continuou em cima e saindo rápido da defesa para o ataque. Aos 19’1ºT, Gustavo Scarpa bateu escanteio, Cícero subiu mais alto que a defesa e cabeceou colocado, Gatito Fernández voou, deu um tapa na bola, que não ganhou distância, e Renato Chaves tocou para o fundo das redes. 2 x 0.
O Fluminense atuava com desenvoltura explorando os contra-ataques com Wellington e Gustavo Scarpa, no entanto, esbarrava na falta de qualidade de Henrique Dourado, que perdia as oportunidades criadas. No último lance do primeiro tempo, Wellington Silva avançou e cruzou na cabeça de Cícero, mas o meia tocou em cima do goleiro, que espalmou a escanteio. O caminho da vitória era por cima. Em todos lances em que a bola foi levantada na área do Figueirense, o Fluminense concluiu com tranquilidade.
Mal começou o segundo tempo e Carlos Alberto diminuiu. Depois desse gol, o Fluminense se perdeu. Aos 15’2ºT, numa bola alçada, Cavalieri não saiu, a zaga não cortou e Nirley subiu para testar no cantinho. 2 x 2. A velocidade e objetividade do primeiro tempo ficaram nos vestiários.
Logo após o empate, Levir colocou Magno Alves e tirou o péssimo Henrique Dourado. A partir daí, o Fluminense voltou a levar perigo ao gol de Gatito Fernández. No entanto, o time apresentava nervosismo e ansiedade e, assim, os passes errados aumentaram. Aos 33’2ºT, num bom cruzamento de Wellington Silva, Magno Alves mergulhou e desempatou. Os últimos 15 minutos de jogo foram tensos e ao mesmo tempo que o Fluminense forçava em busca do quarto gol, o meio-campo não marcava ninguém e o Figueirense chegava diversas vezes com perigo.
DIEGO CAVALIERI
Não pegou na bola no primeiro tempo. No gol de Carlos Alberto, apesar do bom chute, saiu pouco do chão. Poderia ter saído na bola alta que resultou no segundo gol do Figueirense. Aos 42’2ºT, saiu mal num escanteio. Sorte que a bola bateu no travessão. Mais uma atuação comprometedora.
WELLINGTON SILVA
Teve espaços para avançar. Ao contrário de jornadas anteriores, teve melhor índice nos cruzamentos: no finalzinho do primeiro tempo, lançou na cabeça de Cícero na pequena área; no segundo tempo, cruzou para Magno Alves desempatar.
RENATO CHAVES
Ganhou quase todas por cima e por baixo. Bela arrancada aos 5’1ºT: costurou pelo meio e abriu para Gustavo Scarpa livre na direita. Aos 19’1ºT, oportunista, deu uma de centroavante e marcou o segundo gol do Fluminense. Aos 41’2ºT, evitou o empate do Figueirense, ao acompanhar e travar o atacante adversário. Boa atuação, errando somente no segundo gol do Figueirense. Sempre entra bem. Pode pleitear uma vaga no time titular.
HENRIQUE
Ficou olhando Carlos Alberto no primeiro gol do Figueirense. Não subiu com Nirley no segundo. Aos 46’2ºT, assistiu a Rafael Moura subir e quase empatar.
WILLIAM MATHEUS
Atuação tranquila na marcação, mas não se entendeu com Wellington na frente: quando foi lançado, estava na posição errada; quando correu, não recebeu.
PIERRE
Tomou um amarelo logo aos 11’1ºT. Travou uma batalha com Carlos Alberto e conseguiu levar a melhor. Não voltou do intervalo.
MARQUINHO
Apesar dos espaços do Figueirense, não desenvolveu um bom futebol. Lentidão e muitos passes laterais. Perdeu boa oportunidade no segundo tempo ao concluir mal.
DOUGLAS
Com Pierre, esteve liberado para encostar no pessoal da armação. Tinha boa presença na intermediária do Figueirense, mas carregava muito a bola em vez de tocar para um companheiro. No primeiro gol do Figueirense, ficou olhando Carlos Alberto dominar a bola, ajeitar e chutar. Tinha que ter atacado o meia do Figueirense.
MARCOS JUNIOR
Correu muito, tentou formar dupla com Wellington, mas não produziu muito. Foi prejudicado pela saída de bola ruim do Fluminense.
CÍCERO
Mais adiantado, apareceu em vários momentos como segundo centroavante. Perdeu um gol incrível no fim do primeiro tempo, ao subir livre na pequena área, mas cabeceou nas mãos de Gatito Fernández. Sumiu no segundo tempo, deu muitos espaços à frente da área e ajudou o Figueirense a crescer no jogo.
GUSTAVO SCARPA
Boa movimentação. Aos 13’1ºT, chegou rápido entre a zaga catarinense para cabecear no canto e fazer 1 x 0. Bateu o escanteio para o segundo gol. Logo depois, numa disputa aérea, machucou o braço e ficou prejudicado, pois corria com o braço preso. No entanto, estava numa tarde inspirada e continuou conduzindo o tricolor ao ataque. Cansou no segundo tempo e o Fluminense sentiu falta da inteligência do camisa 40.
WELLINGTON
Começou com tudo, partindo para cima da marcação. Logo aos 13’1ºT driblou na corrida e cruzou para Gustavo Scarpa abrir o placar. Continuou procurando a linha de fundo, mas Henrique Dourado não aproveitou as chances. Caiu de produção até o gol de Magno Alves. Com 3 x 2, voltou a ter espaços e criou boas oportunidades.
HENRIQUE DOURADO
Provocou um amarelo para Bruno Alves logo aos 30 segundos. Daí em diante, uma tragédia. Além de não conseguir dominar bolas fáceis, perdeu grandes oportunidades: aos 25’1ºT em falha de Gatito Fernández; aos 30’1ºT, livre num cruzamento de Gustavo Scarpa, tocou para fora de cabeça.
MAGNO ALVES
Movimentou-se mais do que Dourado e fez o que um centroavante tem que fazer: gol quando tem oportunidade.
LEVIR CULPI
Montou um esquema bem ofensivo e explorando a velocidade. Assim, o Fluminense fez um ótimo primeiro tempo. Com a tranquilidade apresentada no primeiro tempo, o técnico voltou com Marquinho no lugar de Pierre. Com isso, Douglas foi para a cabeça de área. O time entrou lento e dando muito espaços para o Figueirense. Como castigo veio o empate. Demorou a tirar Henrique Dourado.
FIGUEIRENSE
Uma tragédia no jogo aéreo defensivo. Cresceu no segundo tempo.
ARBITRAGEM (Rodrigo Raposo)
Amarelou aos 30 segundos, mas, aos 9’1ºT, poderia ter dado o segundo amarelo para o Figueirense. Deixou barato. Não marcou várias faltas claras. Deu um susto na torcida tricolor ao fazer um gesto esquisito num lance em que Cavalieri subiu, pegou a bola e recebeu falta. Parecia que tinha validado o gol. Mais uma atuação ruim do árbitro do Distrito Federal.
…SAINDO DE CAMPO
Dois tempos muito distintos: velocidade e objetividade no primeiro tempo, apesar de Henrique Dourado; marcação deficiente e espaços no segundo, com Magno Alves salvando.
Panorama Tricolor
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Imagem: jam